Marcos Leão*
Empreender no Brasil pode ser
traduzido como uma atitude ousada,
determinada, um desejo quase incontrolável de construir, afinal os desafios são
bem maiores por aqui.
A falta de estímulos
governamentais é brutal, mas como se não bastasse, o ambiente politico-legal é
hostil e pouco favorável, seja pela indistinta carga tributaria ou pela
excessiva burocracia e trâmites legais dispendiosos. O acesso ao credito, mesmo
por intermédio das instituições financeiras públicas são escassos, reduzidos,
complexos e em grande parte dos casos inviabilizadores dos novos negócios,
principalmente para os pequenos empreendedores.


Existem ainda organizações não
governamentais com propósito de estimular o empreendedorismo, como a Endeavor
que merece destaque por sua proposta de integrar empresas e profissionais de
sucesso, as Universidades e os empreendedores em programas que promovam as
melhores práticas, bem como auxiliem os novos negócios. Ainda assim, poucos
serão beneficiados pelos seus programas, pelo menos a curto e médio prazo. O
ponto positivo é a discussão envolvendo
empresários, governo, empreendedores e educadores para o desenvolvimento de
novos modelos e sua possibilidade de replicação e propagação para um número
cada vez maior de empreendedores potenciais.
O fato é que mesmo com todas
estas adversidades o empreendedor brasileiro registra muitos sucessos, talvez
pela sua criatividade, pela capacidade de buscar alternativas ou por nunca
desistir diante de crises, afinal somos todos frutos de períodos políticos e
econômicos incertos, que de certa forma deu sua contribuição para a criação de
uma geração de lutadores.
Vida longa aos empreendedores
brasileiros.
[1] A riqueza na base da pirâmide:
como erradicar a pobreza com o lucro. Porto
Alegre: Bookman, 2005.
Marcos Leão é vice-presidente de Marketing e membro fundador
da AMMA – Academia Mineira de Marketing. Sócio consultor da Neo Inteligence
Marketing. Coordenador e professor do MBA em Marketing e Vendas do Centro
Universitário Newton Paiva. Membro da comissão julgadora do prêmio ABERJE desde
2009. Mestrando em Administração, Pós-graduado em Gestão Mercadológica.
Graduado em Administração de Empresas.
Falar em empreendedorismo no país do concurso publico e meio pregar no deserto.
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