Adjútor Alvim*
Alguns
artistas da Rede Globo gravaram um vídeo sugerindo aos internautas
assinarem uma petição eletrônica contra a construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte.
Neste vídeo, produzido pelo "Movimento Gota d´Água", os atores listaram uma série de problemas relativos ao empreendimento e seus impactos.
A ecofumante |
Vamos
tentar ignorar a questão cênica, deixar sutiãs à parte e focar nas
questões concretas, buscando avaliar se procedem ou não.
Operação de somente 1/3 da capacidade
Diz o vídeo:
"Do que adianta construir a terceira maior hidrelétrica do mundo, se ela só vai produzir, de fato, um terço da sua capacidade"
"Porque durante 8 meses do ano, aquela região praticamente seca"
O texto está correto ao dizer que a usina não produzirá 100% de sua capacidade instalada durante todo o tempo.
O que o texto não diz é que isto é uma característica das hidrelétricas modernas ao eliminar os reservatórios de acumulação com o objetivo de diminuir os impactos ambientais.
Em artigo para a Folha de São Paulo em 12-fev-2011, Luiz Pinguelli Rosa, físico e ex-presidente da Eletrobrás em 2003-2004, aponta que Belo Monte terá potência máxima instalada de 11GW e produção média de 4,6 GW, determinando um fator de capacidade de 42%. Este valor é menor que os de Jirau e de Santo Antônio e da média das hidrelétricas brasileiras, que é pouco acima de 50%.
Outras médias são 21% nas hidrelétricas na Espanha, de 32% na Suíça, de 35% na França e no Japão, de 36% na China e de 46% nos EUA.
Fator de capacidade das hidrelétricas brasilerias. Fonte: Wikipedia |
24 Bilhões de reais de recursos públicos
"80% desse dinheiro é de imposto"
"São 24 bilhões que vão sair do seu bolso"
Neste ponto, o vídeo mais confunde que esclarece. O custo estimado pela mercado realmente é de 30 Bilhões. Os 80% mencionados referem-se ao valor financiado pelo BNDES.
Conforme o site do banco:
"85% dos itens financiáveis, limitada a 80% do investimento total. O capital próprio dos acionistas deverá ser de, no mínimo, 20% do investimento total do projeto..."
Portanto, os 24 bilhões seriam referentes ao crédito oferecido pelo BNDES e que retornarão a seu caixa, acrescidos dos juros referentes ao financiamento.
Isto não quer dizer que não haja dinheiro público. O consórcio responsável pelo empreendimento é composto por:
Composição do consórcio Norte Energia S.A. |
O Grupo Eletrobrás tem 70% de capital estatal. Temos, portanto, em Belo Monte:
- Investimento direto estatal de 10,5 Bilhões (70% de 50% de 30 Bilhões);
- Financiamento do BNDES de 24 Bilhões (80% de 30 Bilhões).
Discutamos Belo Monte, discutamos participação do tesouro em empresas de energia, discutamos financiamento público para obras de infra-estrutura.
Misturar estas coisas, entretanto, é poluir o debate.
Efeitos sobre o parque nacional do Xingu
Em termos de danos ambientais o video diz que
"Só que abaixo da barragem, o rio banha o Parque Nacional do Xingu"
Veja no primeiro mapa onde se localiza o Parque Nacional do Xingu e, no segundo, onde fica Altamira, município mais próximo da Usina de Belo Monte.
Parque Nacional do Xingu
|
Altamira |
Continuam os artistas:
"A Usina de Belo Monte vai alagar, inudar, destruir 640 km2 de floresta amazônica"
Em relação a outras usinas de grande capacidade, a área alagada de Belo Monte não é grande, conforme tabela abaixo:
Capacidade instalada X área alagada. Fonte: Wikipedia |
Ressalte-se que a manutenção de uma área alagada reduzida é a principal razão do relativamente baixo aproveitamento da capacidade instalada no período de estiagem. Com um pequeno reservatório, a usina tem que contar com o fluxo normal do rio para gerar energia. Esta superfície foi, portanto, um valor para equilibrar a viabilidade financeira do empreendimento com o menor impacto ambiental possível.
Vamos tentar entender o que significam 640 km2.
O gráfico abaixo mostra o desmatamento anual da Amazônica até 2008:
640 km2 são cerca de 5% do desmatamento anual da Amazônica.
Correspondem a 64.000 hectares
Há propriedades de 64.000 hectares que podem ser compradas na Amazônia.
Fontes alternativas: eólica ou solar
Outro ponto levantado no video diz respeito às fontes alternativas de energia. O texto diz:
"É possível criar outras alternativas para se gerar energia. Energia eólica! energia solar!"
Sim, é fato.
Turbinas Eólicas |
Um problema que prejudicava os investimentos em energia eólica era o custo do MW/h gerado. Isto está mudando.
Com a crise no mundo desenvolvido, os fabricantes de equipamentos para este tipo de usina estão reduzindo as margens a fim de conquistar mercado no Brasil, o que barateia o custo do MW/h.O governo contratou o MW/h de energia eólica por R$ 140,00 em 2009; por R$ 130,00 em 2010 e R$ 99,00 em agosto de 2011.
Para as grandes hidrelétricas, os preços negociados para fornecimento por MW/h foram R$ 71,40 de Jirau, R$ 78,90 de Santo Antônio e R$ 77, 97 de Belo Monte.
A energia éolica continua mais cara que a das grandes hidrelétricas, mas já é mais barata que a das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e da biomassa.
Sua participação na matriz energética brasileira, hoje em 0,8%, deverá atingir 7% em 2020, conforme prevê o PDEE (Plano Decenal de Expansão de Energia), da EPE (Empresa de Pesquisa Energética):
"A capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional deverá evoluir dos cerca de 110.000 MW em dezembro de 2010 para 171.000 MW em dezembro de 2020, com a priorização das fontes renováveis (hidráulica, eólica e biomassa). Se por um lado a participação das hidrelétricas cairá de 76% para 67%, a geração oriunda de fontes alternativas, como a de usinas eólicas, de térmicas à biomassa e de PCHs, vai dobrar em dez anos, de 8% para 16%. A geração eólica será destaque, aumentando de 1% para 7%. Com isso, a fatia de fontes renováveis se manterá em torno de 83% ao final do decênio."
"A capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional deverá evoluir dos cerca de 110.000 MW em dezembro de 2010 para 171.000 MW em dezembro de 2020, com a priorização das fontes renováveis (hidráulica, eólica e biomassa). Se por um lado a participação das hidrelétricas cairá de 76% para 67%, a geração oriunda de fontes alternativas, como a de usinas eólicas, de térmicas à biomassa e de PCHs, vai dobrar em dez anos, de 8% para 16%. A geração eólica será destaque, aumentando de 1% para 7%. Com isso, a fatia de fontes renováveis se manterá em torno de 83% ao final do decênio."
Ou seja, apesar de ainda ser mais cara, já existem investimentos para desenvolver energia eólica no Brasil e, dentro das fontes renováveis, o planejamento é de diminuição da participação das hidrelétricas de grande porte.
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Estrelas globais podem ter em casa |
Talvez os artistas nos dêem o exemplo e instalem painéis solares em suas residências.
Dezenas de hidrelétricas na Amazônia
Na sequência, o vídeo informa:
"Esta é a primeira de dezenas de hidrelétricas que o governo pretende construir na Amazônia nos próximos anos."
Veja, no mapa de 2008 abaixo, que as bacia do Amazonas, a do Tocantins-Araguaia e a do Paraná possuem alto potencial hidráulico, sendo que o aproveitamento era, à epoca, de 1%, 44% e 72% respectivamente.
Hidreletricidade: potencial e capacidade instalada |
Faz todo sentido, portanto, que se construam hidrelétricas na Amazônia.
No geral, o Brasil tem capacidade instalada para somente um terço de seu potencial hidrelétrico.
Isso não quer dizer que a sociedade não deva estar atenta a cada projeto para avaliar seus inevitáveis impactos ambientais e participar, em tempo hábil, das decisões de realização ou não dos empreendimentos, de quais impactos serão aceitos e quais deverão ser evitados.
Fonte PNE 2030 |
Observe que 38% do potencial hidráulico da bacia do Amazonas pode, segundo Plano Nacional Energético 2030 da Empresa Pesquisa Energética, ser realizado sem impacto ambiental.
Populações afetadas
O vídeo agora se preocupa com os habitantes da região:
"Pra onde vão ser levados os ribeirinhos e os índios?"
A figura abaixo mostra o projeto de Belo Monte, conforme dados fornecidos pelo Relatório de Impacto Ambiental aprovado pelo Ibama para emissão da Licença Ambiental:
O alagamento para formação do reservatório não inundará áreas indígenas.
Para estes, o grande impacto do projeto será a diminuição da vazão Rio Xingu entre a barragem principal e a casa de força principal. Nesta região, existem duas comunidades indígenas.
A Reserva Indígena Paquiçamba
- População: 95 habitantes
- Representação:Associação da Comunidade Juruna do Xingu do Paquiçamba (ACOJUPA)
- http://pib.socioambiental.org/caracterizacao.php?id_arp=3788
A Reserva Indígena Arara da Volta do Grande Xingu
Mais ao Sul, uma outra terra indígena na bacia de um dos afluentes do Xingu, o Bacajá, pode ser afetada pela alteração do regime hidríco da região.
- População: 111 habitantes
- Representação: não existe
- http://pib.socioambiental.org/caracterizacao.php?id_arp=4302
Mais ao Sul, uma outra terra indígena na bacia de um dos afluentes do Xingu, o Bacajá, pode ser afetada pela alteração do regime hidríco da região.
A Reserva Indígena Trincheira Bacajá
- População: 746 habitantes
- Representação: Associação dos Índios Kaiapó da Aldeia Potikrô (AIKAP)
- http://pib.socioambiental.org/caracterizacao.php?id_arp=3609
A diminuição da vazão do Xingu e, eventualmente, do Bacajá pode interferir nestas comunidades ao dificultar a navegação e prejudicar caça e pesca.
Por isso, consta no Relatório de Impacto Ambiental de Belo Monte que:
- "Para garantir a navegação no Trecho de Vazão Reduzida durante o período de seca, os estudos feitos no EIA mostraram que não podem ser liberadas pelo AHE Belo Monte, neste trecho, vazões menores que 700 metros cúbicos por segundo. Caso contrário, a navegação será interrompida em várias partes do Trecho de Vazão Reduzida."
- "Assim, foram definidos no EIA esses dois valores mínimos de vazão para se diminuir a perda de ambientes para os peixes que dependem dos pedrais (4.000 metros cúbicos por segundo) e para aqueles, além de outros animais, que dependem das planícies aluviais (8.000 metros cúbicos por segundo)."
Se estas ações serão suficientes para evitar impactos significativos na vida destas comunidades ainda é impossível dizer. Mas ainda existem recursos financeiros que podem ser destinados a atuar sobre os danos ambientais à media que o empreendimento for se desenvolvendo.
A expectativa do governo e consórcio responsável pelo empreendimento é que os índios permaneçam onde estão com adaptações insignificantes em suas rotinas.
A segunda metade da pergunta do vídeo diz respeitos os ribeirinhos. A população diretamente afetada é apontada na tabela abaixo:
Fonte: Relatório Impacto Ambiental |
Só para termos idéia do que são estes números, vamos a exemplos de obras publicas que demandam desapropriação, frisando que os números acima não implicam, necessariamente, em deslocamento.
Para construir a Transcarioca, obra de mobilidade para Copa 2014, o município do Rio de Janeiro vai desapropriar, total ou parcialmente, 3.630 imóveis.
A obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), também visando a Copa 2014, demandará a retirada de 3.200 famílias em Fortaleza.
Em São Paulo, a interligação da avenida Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) com a rodovia dos Imigrantes propõe a desapropriação de 11.400 famílias.
Desapropriações são necessárias em uma infinidade de obras públicas, então não faz sentido um posicionamento contrário a um empreendimento em função da necessidade de deslocamento de famílias.
Evidente que estes deslocamentos devem ser minimizados e, os casos inevitáveis, corretamente indenizados.
Belo Monte, em particular, oferece as seguintes opções aos afetados pela construção e operação da Hidrelétrica:
Fonte: Relatório de Impacto Ambiental |
Os índios foram ouvidos?
Nesse ponto, surja talvez a pergunta mais relevante do vídeo:
"Será que os índios são ouvidos?"
Segundo Dilma Roussef, em Conversa com a Presidenta de 9-agosto-2011:
Conversa com a Presidenta |
Segundo a FUNAI em nota de 05-abril-2011:
"Em todas as terras indígenas a Funai cumpriu seu papel institucional no processo de esclarecimento e consulta junto às comunidades indígenas, realizando mais de 30 reuniões nas aldeias, documentadas em áudio e vídeo."
"...em setembro de 2009, foram realizadas audiências publicas nas cidades paraenses de Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém, atraindo cerca de 8.000 participantes, dos quais mais de 5.000 em Altamira, dentre eles, aproximadamente, 200 eram representantes indígenas."
"Ressalte-se, também, que no mês de fevereiro de 2011, realizou-se seminário em Brasília para o qual foram trazidas lideranças indígenas da região de Belo Monte para informação dos povos sobre as etapas do projeto."
Buscando o contraponto às posições oficiais, não foi possível encontrar muito material.
Da Terra Indígena Paquiçaba, descobre-se que a aldeia dividiu-se sobre a usina em abril de 2010. No dia 17 daquele mês, o Estado de Sâo Paulo informou:
"Metade da aldeia, inclusive o cacique Manuel, de 70 anos, vê com bons olhos a construção da usina, de 11.233 megawatts (MW). A outra ala, um pouco mais jovem, não pode nem ouvir falar do empreendimento, que custará R$ 19 bilhões."
Sobre a Terra Indígena Arara da Volta do Xingu, na mesma reportagem, o Estadão toma o depoimento do ancião mais velho da aldeia:
"Por isso digo que essa usina vai acabar com nossas vidas aqui. Belo Monte virou minha grande tristeza."
O ativismo do cacique, sobrinho do ancião, contra a usina também é mencionado mas não se consegue dar um panorama geral da visão dos índios.
Já a terceira comunidade indígena mais afetada, a Terra Indígena Trincheira Bacajá, pediu providências ao Ministério Público do Pará em outubro de 2011, conforme divulgou a Assessoria de Imprensa do órgão em nota de 08 de novembro de 2011. Ainda segundo a nota:
"Os índios, durante a visita do procurador, relataram que os engenheiros da Norte Energia afirmaram por diversas vezes que eles seriam informados dos impactos, o que ainda não aconteceu."; e
"Com a diminuição de 80% a 90% no volume de água da Volta Grande, os indígenas concluem que haverá o desaparecimento dos peixes."
Por sua vez, o seminário realizado em Brasília em 7 de fevereiro de 2011 ( “A Hidrelétrica de Belo Monte e a Questão Indigena”) não teve repercussão na grande imprensa. A nota divulgada ao final do evento foi bastante crítica em relação à obra e seus impactos ambientais. Também recebeu críticas severas a condução do empreendimento por parte dos agentes públicos e privados, apontando subestimação de impactos ambientais, sociais e antropológicos e pequeno nível de diálogo com as comunidades indígenas. Veja a íntegra da nota aqui.
Precisamos ficar mais atentos ao Brasil
Por fim, um alerta dos participantes do vídeo que, embora seja inteiramente correto, deveria soar a eles mais como uma auto-crítica do que uma efetiva recomendação.
"Ninguém vai discutir o assunto? A gente vai fingir que nada tá acontecendo?"
"Precisamos ficar mais atentos ao Brasil"
Também deveria soar como autocrítica aos que voltam todo sua atenção política para o acompanhamento da última novela das 8 de queda ministerial e esquecem que dinheiro público não é só gasto com corrupção, mas também com investimentos cuja desenrolar nos impacta diretamente.
O projeto de Belo Monte é discutido há mais de 30 anos e houve inúmeras oportunidades de debate desperdiçadas pela sociedade.
Fonte: Norte Energia S.A. |
A imprensa brasileira escrita e televisiva foi extremamente ausente no divulgar, discutir e repercutir o empreendimento Belo Monte. Houve inúmeros eventos e marcos praticamente ignorados pela mídia onde o governo ficou à vontade para impor seu peso sobre os agentes socias enfraquecidos pela ausência da caixa de ressonância que um jornalismo atuante lhe proporcionaria.
Como ilustração, basta uma visita a um painel que lista os eventos relativos à Amazônia em 2010. Repare a pequena participação de Belo Monte na agenda amazônica do ano em questão.
Outro exemplo é a repercussão que o seminário de fevereiro/2011 sobre a questão indígena de Belo Monte teve na Folha de São Paulo. Abaixo, você vê todo o espaço dedicado pelo jornal ao seminário.
TRIBO
Fernando Bizerra Jr./Efe |
Enfim, enquanto a sociedade brasileira não se conscientizar e se interessar pelo processo político, acompanhando e participando das discussões no seu devido tempo, ficará adormecida, aguardando que um vídeo recheado de atores de Malhação venha lhe despertar.
Perguntas que Ficam
Além das perguntas e questionamentos sobre Belo Monte que, provavelmente, só serão respondidos depois que a hidrelétrica estiver em operação, há outros que podemos deixar no ar para reflexão sobre meio ambiente, vida saudável, desenvolvimento sustentável e energia:
1 - Não é contraditório alguém defender desenvolvimento sustentável (e, portanto, saudável) com um cigarro nas mãos?
2 - Não é ainda mais contraditório alguém defender uso racional dos recursos naturais proclamando-se usuário de IPad, IPhone, ITudo? Não seria interessante que os bem intencionados apresentadores do vídeo também propusessem medidas cotidianas de economia de energia e contenção do consumismo?
*Adjútor Alvim é o "Editor" do blog Casa de Tolerância
Veja também
Belo Monte: O Jogo dos 7 Erros
No Chão!!! No Chão com a Mão na Cabeça - Parte I - Os Fatos
No Chão!!! No Chão com a Mão na Cabeça - Parte II - A Opinião
Faço duas observações:
ResponderExcluir1) A usina não vai alagar mais do que 100 km2 de floresta amazônica. Grande parte do reservatório, a fio d' água, ocupará o próprio leito do rio. Ele pereniza uma ocupação que já existe nos meses de cheias. Outra boa parte já é pasto ...
2) Desapropriações são necessárias até para a criação de Terras Indígenas e Parques Nacionais. Em Roraima uma cidade foi atingida para a criação de Raposa-Serra do Sol.
Obrigado, Alexandre, vc tem alguns links para ilustrar estas informações? abs
ResponderExcluirBons elementos para informação e discussão. Muito mais do que temos encontrado.
ResponderExcluirEsqueci de colocar uma pergunta no meu comentário anterior: Você tem ideia da área necessária para implantar energia eólica ou solar para uma produção equivalente à de Belo Monte? Pesquisei isto e não achei uma resposta ainda.
ResponderExcluirCia, eu já vi alguns cálculos mas, embora sejam interessantes, não pode ser feita uma comparação simples. A área eólica pode ser aproveitada para outras atividades, como pecuária, por exemplo. Os reservatórios para hidrelétrica também tem o problema de gerar gás metano pela vegetação alagada.
ResponderExcluirPara a solar, também não me preocupei porque não existe ninguém que já a defenda para a produção em larga escala. A tecnologia ainda deve melhorar muito.
Muito bom o blog e esse texto específico!! Parabéns! Abraços
ResponderExcluirArgumentos muito bem defendidos.
ResponderExcluirExcelente matéria. Meus parabéns à Casa de Tolerância (excelente nome)que presta aqui um serviço inestimável de esclarecimento e informação pública e que deveria ser imitado pela grande imprensa. Resumindo: isso é jornalismo! Não o que nos oferecem cotidianamente os jornalões, vejas e plim-plins da vida! De novo, parabéns!
ResponderExcluirCara, na parte em que é mostrado o cigarro na mão da moça, e a citação do iPhone, iPad, " iTudo ", no contexto do vídeo, elas estão inicialmente mostrando o pensamento de muitas pessoas, que agem assim, quando ouvem que não haverá energia, como diz minutos antes no vídeo.
ResponderExcluirPHPH, acho que você tem razão.
ResponderExcluirMas a mudança de comportamento que o vídeo defende não é um consumo racional de energia.
O vídeo defende uma conscientização sobre Belo Monte. Na verdade, o vídeo busca um convencimento que o empreendimento é ruim.
Ao comportamento que vc corretamente identifica como sendo propositalmente caricato não é contraposto um comportamento de um consumo mais racional de energia. E a caricatura se perde sem ser "desmascarada".
A mensagem que fica é: vamos consumir energia, não de Belo Monte, mas eólica ou solar.
O vídeo "5 friends" que inspirou este faz isso. Apresenta os artistas dizendo que não é necessário votar mas, em seguida, mostra a mudança de comportamento. http://www.youtube.com/watch?v=0vtHwWReGU0
Excelente matéria, estou divulgando para aqueles que espalharam o vídeo cegamente venha ver uma análise mais racional e concreta do assunto ao invés de apenas repetir o blá blá blá do vídeo.
ResponderExcluirCurioso ver essas pessoas depois dizendo que a Globo manipula.
Encontrei estas informações:
ResponderExcluirhttp://idiarte.wordpress.com/2011/11/21/demasias-contra-belo-monte-parte-1/
A discussão é interessante. Mas faço algumas ressalvas.
ResponderExcluirÉ preciso cuidado e análise crítica ao citar documentos oficiais do governo, cujo objetivo maior é construir o projeto.
Creio que não foi muito legal da parte do autor Adjútor citar o relatório de Impacto Ambiental aprovado pelo Ibama (esse grão órgão isentíssimo...) e OMITIR (acho bom citar e linkar) o relatório Análise Crítica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte.
http://bit.ly/vrfYWw
Fica aí o link, recomendo que leiam.
E outra coisa. Adjútor, nessa sua persistência em citar documentos oficiais como se eles fossem totalmente críveis e pouco discutíveis, você fala da Funai (esse outro órgão isentíssimo...) mas ignora, por exemplo, a demissão sumária do cacique Megaron - que se deu de uma forma estritamente política e completamente estúpida por parte governo, que sequer se deu ao trbalhao de comnunicar sua demissão, prontamente publicada no Diário Oficial.
Ficam aqui algumas críticas, mas de toda forma considero o debate muito positivo.
Uma última coisa: acho necessário ir além desse vídeo viral, que parece mais um ressurgimento do "Cansei", e não representa a luta de décadas contra esse monstrengo chamado belo Monte (de Mentiras) idealizado durante a Ditadura Militar.
Abs.
André
O texto é de fato esclarecedor, mas tenho algumas poucas considerações pra fazer(é muita coisa, não vou mencionar tudo), lembrando que NÃO ESTOU DEFENDENDO A EMISSORA, estou discutindo/questionando os pontos colocados:
ResponderExcluir1) "Em relação a outras usinas de grande capacidade, a área alagada de Belo Monte não é grande... Ressalte-se que a manutenção de uma área alagada reduzida é a principal razão do relativamente baixo aproveitamento da capacidade instalada no período de estiagem".
R: O caso não é "em relação as outras hidroelétricas", é em relação ao impacto que esta vai causar. As outras já estão feitas, essa não. Não é pra causar um pouco menos de impacto, é pra não causar impacto. O planeta não dá conta de "um pouco menos".
2) "640 km2 são cerca de 5% do desmatamento anual da Amazônica. Correspondem a 64.000 hectares. Há propriedades de 64.000 hectares que podem ser compradas na Amazônia."
R: "Então, porque está lá e alguém outro pode desmatar mesmo, vamos aproveitar e alagar tudo, remover familias (um pouco mais a fundo procurando informações seguras e, SIM, pessoas serão afetadas permanentemente) e construir uma hidroeletrica que não vai ser grandes coisas porque não vai ocupar muito espaço." Pra mim isso não tem o menor cabimento! Não é uma justificativa nem razoável, é uma afronta!
3) "apesar de ainda ser mais cara, já existem investimentos para desenvolver energia eólica no Brasil e, dentro das fontes renováveis, o planejamento é de diminuição da participação das hidrelétricas de grande porte"
R: Então POR QUE construir essa? porque não vai ser tão grande como as outras? Não existe só estes tipos de energia.
O texto usa outros problemas de outras construções e organizações pra justificar as falhas no projeto. Isso não faz sentido.
Não é absolutamente errado, traz muita informação e faz perceber que tem muito mais pra ser corrigido, mas estamos discutindo este problema agora, uma coisa de cada vez...
Alõ amigo
ResponderExcluirCom relação à fontes EÓLICAS sempre é bom ressaltar que o fornecimento é INCONSTANTE e não se descobriu uma forma econômica de armazenagem.Assim que sempre se necessitará um back-up funcionando para manter o sistema equilibrado.A energia elétrica para grandes redes é necessáeio o contrôle da demanda/produção,senão é black-out na certa.
http://ktwop.wordpress.com/2011/11/21/prince-philip-gets-it-right-for-a-change/
abraços
Bom, pelo menos o vídeo dos artistas da Globo teve o mérito ampliar o debate sobre a questão.
ResponderExcluirAcho que temos debatedores qualificados de ambos os lados. Vale a pensa também dar um lida em alguns artigos da Eliane Brum e no blog do procurador Felício Ponters Jr.:
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/09/um-procurador-contra-belo-monte.html
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/10/pequenez-do-brasil-grande.html
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/10/belo-monte-nosso-dinheiro-e-o-bigode-do-sarney.html
http://belomontedeviolencias.blogspot.com/
O texto todo é muito bom, mas no final as "perguntas que ficam" estragam tudo. Fumantes não podem ser a favor do desenvolvimento sustentável? Quem é a favor do desenvolvimento sustentável não pode ter Ipad? Assim vc cai em bobagens da mesma categoria da hidrelétrica limpa no deserto.
ResponderExcluirE para o BiaBreus: não existe geração de energia sem impactos. Nem mesmo éolica ou solar são insentas de impacto. Apenas tem impactos menores.
ResponderExcluir"Não é pra causar um pouco menos de impacto, é pra não causar impacto"
ResponderExcluir"Então POR QUE construir essa? porque não vai ser tão grande como as outras? Não existe só estes tipos de energia."
Bia, você pode me apontar um empreendimento de energia que não cause impacto?
Quais as outras formas de energia que vc está sugerindo?
"O texto usa outros problemas de outras construções e organizações pra justificar as falhas no projeto. Isso não faz sentido."
Quais são, a seu ver, as falhas do projeto?
Quais são "problemas de outras construções"?
Não me referi a nenhum problema de outras construções, só mencionei que desapropriações são comuns a qualquer empreendimento.
Vc imagina uma usina eólica ou solar que não faça desapropriações? Vc imagina que uma estrada não exija desapropriações? Como um outro comentário lembrou, até criação de reserva indígena costuma demandar deslocamento de habitantes da região.
Novamente, peço a você que me aponte emprendimentos que não geram desapropriações.
"...construir uma hidroeletrica que não vai ser grandes coisas porque não vai ocupar muito espaço. Pra mim isso não tem o menor cabimento! Não é uma justificativa nem razoável, é uma afronta!"
A conclusão que a hidrelétrica não vai ser grande coisa é sua. A justificativa do projeto é que ela vai produzir energia elétrica barata em grande quantidade.
Ninguém está dizendo que deve construir pq vai ocupar pouco espaço. O vídeo é que disse que vai alagar uma área gigantesca de floresta. Só que o gigantesco deles é uma área que pode ser comprado por uma pessoa só, como mostrei no link.
E eu não estou dizendo que sou inteiramente a favor de Belo Monte. Mas se você quer entender os problemas reais, veja o que está no texto:
"A nota divulgada ao final do evento foi bastante crítica em relação à obra e seus impactos ambientais. Também recebeu críticas severas a condução do empreendimento por parte dos agentes públicos e privados, apontando subestimação de impactos ambientais, sociais e antropológicos e pequeno nível de diálogo com as comunidades indígenas. Veja a íntegra da nota aqui."
http://www.abant.org.br/conteudo/galeria0/Seminario%20-%20Belo%20Monte
Melhor texto sobre Belo Monte que li até agora, muito esclarecedor e tira aquele sensacionalismo dos atores no video.
ResponderExcluirMas...
das "propriedades de 64.000 hectares disponíveis na Amazônia", hoje o proprietário faz uso de bem menos de 80% de toda a terra adiquirida, o resto permanece virgem.
O Fluxo do rio e todo "ecossistema" que ele leva junto irá, de fato, afetar as tribos da reserva do Xingú, sim. A questão não é inundação é a falta do rio.
Dasapropriações no meio das cidades para outro local na mesma cidade é uma coisa, desapropriar ribeirinhos ou quem sabe até índios, sabe-se que alguns estão ali a gerações, isso está errado.
Mandar engenheiros e políticos negociarem com os futuros afetados (tipos de pessoas mais simples possíveis e muito receptivas, como muitos que pude conhecer durante minha vida neste MT, sei que é no Pará o projeto) e mesmo assim deixa-los sem nada esclarecido... humm meio pilantrão isso, pelo menos eu acho.
Se ninguém reparou aqui, a energia nuclear apresenta relatórios muito mais seguros, precisos e de menos impacto do que estes.
PS: Agora, a foto do índio bebendo uma coca-cola... Waw!
O texto todo é muito bom, mas no final as "perguntas que ficam" estragam tudo.
ResponderExcluirEstragam tudo para quem é perfeccionista. A primeira parte tentar ser uma discussão de Belo Monte baseada em fatos concretos e análises lógicas. Pelas suas palavras, entendo que te acrescentou alguma coisa (como me acrescentou muito ao fazer a pesquisa para escrever o texto)
A seção de perguntas que ficam foi um questionamento aos artistas que entenderam poder usar de seu prestígio para interromper um projeto que é discutido desde 1975.
"Fumantes não podem ser a favor do desenvolvimento sustentável?"
Claro que pode, aliás deve. Mas se eles querem dar algum tipo de exemplo, não acho que apresentar alguém fazendo alguma atitude prejudicial à saúde própria e de terceiros seja a melhor estratégia.
"Quem é a favor do desenvolvimento sustentável não pode ter Ipad?"
Pode mais ou menos. Uma das grandes questões do futuro será como manter este padrão de consumo com restrições de energia. O planeta não suporta toda sua população com tablet, telefone, notebook, etc, etc.
Como os artistas estão tentando conscientizar, eu sugeri que "também propusessem medidas cotidianas de economia de energia e contenção do consumismo". Isto, em brevem não será mais uma questão valores, mas de viabilidade.
Macaqueando,
ResponderExcluirvc tem razão quanto às propriedades na Amazônia mas eu inclui esta informação para mostrar que é possível que 1 só pessoa possua uma propriedade deste tamanho.
Concordo que o problema é a falta do rio. Isto é descrito no texto, com as ações que o projeto informa e a falta de segurança que elas realmente funcionarão.
Caso funcionem, não haverá necessidade de transferir os índios.
Já os ribeirinhos, embora entenda que tem mais apego ao local que urbanos, eles estão no local que mais lhe ofereça condições de sobrevivência. Não acho que faça sentido não executar uma obra deste porte por causa deles, mas sim verificar se as condições oferecidads a eles foram justas.
Claro que não tenho como colocar a mão no fogo se estas coisas vão funcionar e lamento que a imprensa tenha sido completamente incapaz de trazer o debate a publico nos momentos certo.
Sem a imprensa, o governo tratorou quem tinha na frente sem debate, ou seja, sem termos a oportunidade de fazer uma opção esclarecida.
Sobre energia nuclear, concordo com vc, pena que o assunto virou tabu...
E sobre a foto, hats off para a Folha de São Paulo, é dela a foto!!!
Na matéria: http://goo.gl/E05Bk, publicada pela revista Época e conduzida pela Eliane Brum, intitulada: "Belo Monte, nosso dinheiro e o bigode do Sarney" um dos especialistas na área energética do país, o professor da USP Célio Bermann, deixa alguns dos seus pareceres quanto à condução da obra em questão."Célio Bermann foi também um dos 40 cientistas a se debruçar sobre Belo Monte para construir um painel link:http://goo.gl/hdXfK que, infelizmente, foi ignorado pelo governo federal."
ResponderExcluirThiago, o entrevistado da Eliane Brum participa de um debate no programa abaixo.
ResponderExcluirEstréia da temporada 2011 do programa Brasilianas.org, em 13/06, com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim; o professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, Célio Bermann; e o presidente da Norte Energia, Carlos Nascimento.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=SajNGpTgtxk
Não tenho a eloquência dos debatedores acima, porém gostaria de deixar no ar que no resto do mundo a geração hidráulica é considerada energia limpa junto com eólica, biomassa e solar.
ResponderExcluirQuanto a fluxo de água do rio, isso é um problema comum em quase todas as usinas hidraulicas, onde algumas até regulam a vazão prevenindo cheias em algumas cidades em épocas de muitas chuvas.
Abr.
não entendi por que você defende Belo Monte. só isso.
ResponderExcluirMarina,
ResponderExcluireu não defendi Belo Monte. Vc pode apontar onde eu escrevi isso?
Eu levantei dados e vários argumentos do vídeo não se sustentam.
Você consegue externas alguns motivos para ser contra Belo Monte e justificá-los com dados e alternativas viáveis a ele?
Se tiver, publico.
Muito bons todos os argumentos (vídeo e do blog) acho que estão levando aonde querem: discutir Belo Monte!
ResponderExcluirDuas questões que gostaria de apontar referente ao postado no blog:
1-A área alagável leva junto toda uma biodiversidade que não há como mensurar. No Paraná perdemos uma boa parte com a Itaipú, além de perdemos um belíssimo ponto turístico: sete quedas.
Óbviamente que se muda toda a rotina do local, Guairá (cidade que abrigava as sete quedas), era uma cidade rica e promissora passou a ser apenas uma cidade do interior. A economia local sofreu grandes transformações.
2 - A questão das desapropriações: sim, é muito interessante ressaltar que há várias obras públicas que requerem desapropriações, mas as citadas são no meio urbano, no qual o realocamento é relativamente perto e sem grandes perdas para o realocado. Quando se trata de territórios tradicionalmente ocupados a questão é muito mais difícil.
Os índios não precisarão ser realocados, mas perderão sim parte do seu território, e por território, não entenda o que foi demarcado para eles, mas sim parte do que era uma floresta e que eles não poderão mais ter acesso.
Sou assessora de comunicação do Incra no Paraná e ainda trabalhamos com os reflexos do alagamento da Itaipu. Há no paraná o movimento dos atingidos por barragens e histórias tristes de pais que colocaram a família na carroça, mandou a família embora e ficou esperando á água subir.
São pessoas que possuem uma ligação muito forte com a terra, pois não a tem como bem de trabalho.
Obrigado, Cássia.
ResponderExcluirQuanto aos dois pontos que você levanta, estou de acordo com ambos no princípio, mas a grande questão são as alternativas.
Quais são as possibilidades que temos para gerar energia em grandes quantidades sem ofender o meio ambiente ou desalojar pessoas?
Estavam até indo bem, até colocarem a foto do índio bebendo uma coca cola no final. Achei preconceituoso. E comecei a analisar melhor o texto. Índio não pode tomar coca como nós? Ah, então tb não tem os mesmos direitos que nós..por aí vc já vê a ideologia escondida por trás deste texto.. Sou uma crítica dos globais em belo monte, mas pra mim este texto é tão superficial e cheio de baboseiras quanto o vídeo da globo. Além do que os argumentos deles estão contrapondo os argumentos da globo, que eles mesmos disseram que são vazio.. Então, este texto é tão vazio quanto.. pensa bem!
ResponderExcluirNo meu entendimento os impactos afetarão uma parcela de pessoas em prol de uma grande maioria. Acredito que há muito potencial não utilizado, disponível a partir dos rios amazônicos, que poderiam suprir a demanda de uma região que vem crescendo nas últimas décadas e apresenta um futuro promissor, ainda que, segundo a WWF, "enfrente dificuldades decorrentes da falta de infraestrutura urbana e serviços públicos como transporte, água tratada e esgoto, ENERGIA, comunicação, escolas - bem como de tecnologia." (http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/amazonia/)
ResponderExcluirÓbvio que não sou a favor de desapropriações, extinção de espécies e dos outros contras. Talvez eu, aqui do meu computador, não serei o maior prejudicado pela construção da usina, por isso estou numa situação muito cômoda. Porém, como foi dito, para as outras alternativas energéticas em questão também são realizados essas ações. Na região amazônica existem inúmeras espécies ainda não identificadas e que, talvez, nunca serão. Isso é natural.
Queria discutir dois tópicos: a questão da energia solar. Sim, é extremamente cara e pouco viável em grande escala. Em um congresso que participei se teve a idéia de que ao invés do governo distribuir as placas para regiões distantes, que as pessoas ricas (incluem-se parlamentares e atores/atrizes globais) colocassem em suas residências estas placas. Já seria uma economia tremenda sem ter que gastar dinheiro público nisso.
Quando ao uso de iPad e iPod iWhatever: sou totalmente a favor. Pensem quantas árvores, soda cáustica, água, energia! é economizada ao mesmo tempo em que se difunde cultura, tecnologia e conhecimento através desses equipamentos. Qualquer energia elétrica gasta nisso é 100% de rendimento (leia-se: exergia).
Meu conhecimento é limitado. Por isso fica difícil ser categórico em afirmar que sou a favor ou contra a construção de Belo Monte. Ao mesmo tempo acho a discussão extremamente válida.
Marina, obrigado por sua contribuição ao aprofundamento do debate,
ResponderExcluirDeixemos de ser hipócritas e admitamos que o que realmente motivou esse texto de 'esclarecimento' não foi o conteúdo possivelmente distorcido do vídeo e, sim, o fato de ele ter sido elaborado e apresentado por artistas globais.
ResponderExcluirO engraçado é que a grande maioria das pessoas sempre se posicionou absolutamente contra a construção da hidrelétrica, argumentando que o projeto resultaria em elevados danos ambientais, sociais e econômicos. Aí quando um grupo de artistas (globais? sim; fazem novela? sim; as novelas são uma PORCARIA? sim! mas... E DAÍ???) resolve manifestar uma posição que CONDIZ com aquela adotada por grande parte da população, chovem críticas e indivíduos afirmando que 'peraí, não é bem assim...'.
Queria ver se o vídeo fosse a favor da construção da hidrelétrica. Certamente abundariam comentários indignadíssimos dos mesmos cidadãos conscientes que agora criticam o protesto dos 'atores da malhação'.
Parabéns, gente! É isso aí.
Obrigado, Caroline.
ResponderExcluirVou deixar de ser hipócrita e confessar que o motivo de escrever este texto de 'esclarecimento" foi formar minha opinão sobre Belo Monte.
Antes, eu não tinha opinião.
Quando criei o blog, algumas semanas atrás,antes da polêmica global, pedi um texto sobre BM a uma amiga cientista social com paixão pelas comuniades originais. Ela, uma pessoa bem informada e com interesso no tema, tinha pouquíssima informação sobre o assunto.
O vídeo global me levou a buscar informações por conta própria.
Sobre a opinião da maioria das pessoas, confesso que não tenha dados para dizer. Como, ao que parece, pessoas do seu convívio estão mostrando pouca coerência, sugiro que vc diga isso a elas com franqueza ao invés de comentar com pessoas cuja opinião anterior vc desconhecia.
E se vc tenha alguma opinião sobre o empreendimento em si, por favor fique à vontade para comentar aqui.
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ResponderExcluirCopiaram seu texto (sem nem ao menos dar os créditos) aqui:
ResponderExcluirhttp://omestrando.blogspot.com/2011/11/um-belo-monte-de-inverdades-que-valem.html
Narcélio, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
ResponderExcluirO engraçado é que ele fez alguma alteraçõeszinhas pra dar um toque pessoal rsrsrsrs.
Vou mandar uma mensagem pro orientador dele pra tomar cuidar com a tese do 'mestrando' kkkkkk
Mas obrigado pelo toque!
Desculpa pela falta de créditos. Realmente foi falha. A argumentação foi embasada no seu post, na blogosfera de esquerda e em estudos próprios. Reforcei com argumentos pessoais, estudo a questão de Belo Monte faz um tempo. Seu post foi brilhante e estava trabalhando na matéria no mesmo dia que foi lançado. Tinha especificado antes as fontes, mas sem mencionar os links. Foi devidamente corrigido.
ResponderExcluirRômulo, nao se preocupe, estou nessa pra me divertir.
ResponderExcluirComo pena, por favor divulgue o blog quando puder!
abs!
Muito bom, muito lúcido, muito bem embasado. Uma opinião sobre o caso Belo Monte que valeu a pena ler e compartilhar!
ResponderExcluirO problema do brasileiro é ser "torcedor": não há lógica alguma em torcer par alguma coisa, pro time de futebol, pro lutador de boxe, há apenas uma preferência que nem sempre é baseada em fatos. Contra fatos, não há argumentos, e entendo que isso é o que está sendo exposto no texto acima e que não foi colocado no vídeo da ONG com os globais.
De fato, o mundo está crescendo e só é possível manter a população mundial produzindo mais energia, então não há como evitar que isso aconteça. Se as pessoas todas resolvessem viver como índios, ainda sim não teríamos energia o suficiente para manter todos vivos e saudáveis. O impacto ambiental já foi feito no momento em que a população mundial aumentou e continua aumentando. A única solução para pararmos de consumir mais e mais energia é para de nos reproduzirmos.
Falar sobre assuntos que as pessoas totalmente desconhecem, tipo "eu acho isso melhor", "eu acho isso pior", não contribui em nada pra ninguém, são discussões vazias que não levam a nada.
E entrar numa de que "não se pode confiar nas informações de orgãos governamentais" me soa muito teoria da conspiração. É fato que o Governo daqui e de todo canto tende a dar uma maquiada nos dados pra fazer parecer que seu trabalho é ótimo, etc, mas primeiro que não é 100% das informações que não são verdadeiras, pois vários orgãos governamentais (tipo IBGE)são bastante confiáveis, e aqui há estudos de outras fontes não governamentais, portanto...
Parabéns, Adjútor, certo ou errado, até agora vc foi o que mais me prendeu a atenção e me deu mais dados concretos para eu refletir.
Obrigado Astria, eu tentei buscar contraponto aos relatórios do governo na imprensa, mas é difícil.
ResponderExcluirTem um relatório que acho outras pessoas postaram de acadêmicos com algumas informações relevantes: http://www.socioambiental.org
/banco_imagens/pdfs/Belo_Monte_Painel_especialistas_EIA.pdf
Vou analisar mas certamente serão informações extremamente técnicas que não sei se conseguirei decifrar.
A mídia prefere ocupar todo o noticíario com a campanha contra a corrupção e não faz o debate de outros assuntos.
Belo Monte deveria ter tido inúmeros programas de televisão sobre ele, com jornalistas fazendo a mediação para que pudéssemos formar opinião.
Sem essa mediação, só resta aos cidadão um esforço hérculeo para buscar informação ou acreditar no lado que vc mais confia.
De novo, obrigado pelas palavras. Não deixe de curtir a página no facebook!
Continuo não entendendo esse interesse em defender a criação da usina de Belo Monte. Será que trata-se de uma coisa, digamos, corriqueira, sem grandes questionamentos?
ResponderExcluirEu não sou dos que mais adora a Globo, tampouco Tv aberta, jornais sensacionalistas e etc... Mas achei que essa campanha foi valida para levantar esse assunto usando as mesmas armas que a publicidade utiliza para fazer a gente acreditar nas coisas e sair consumindo, não?
ResponderExcluirEles usaram exatamente a mesma arma, rostos famosos!
Mas apesar de não gostar da Globo, não posso dizer que as pessoas envolvidas ali não estão bem intencionadas e querem fazer algo para mudar essa situação que é drástica sim, independente se o uso da hidreletrica vai ser de 30% ou 50% da capacidade, esses dados, na real não importam , dizer que a area que será inundada é pequeno perto das demais usinas é uma piada. É o vou desmatar mas é só um pouquinho.. Ou então que o dinheiro não será todo público.. Que história é essa né.. o dinheiro vem da onde? é da gente.. não importa se vem do BNDES. Sendo que o prejuízo financeiro é menos importante.
Achei o texto tendencioso e batendo apenas na ideia de que a globo está manipulando algo e alterando esses dados todos, ela até está, mas isso não.
Porque isso depende da ótica, se você for um cara progressista poderá achar realmente que o desmatamento da Amazonia é em prol do progresso, mas quem chegou lá primeiro, vive ha gerações utilizando a Floresta mais consciente do que nós, merece permanecer em paz.
Um dos grandes problemas dessa história é que a Amazonia ainda é um mito para muita gente, no começo do video um dos atores até pergunta - "Você já foi para a Amazonia?" Então isso complica pois ninguém se sente realmente responsável e capaz de visualizar o que está acontecendo aqui, 99% das pessoas que está discutindo essa situação nunca veio para Amazonia dar uma olhada, ver o quao crítica é a situação do uso da Floresta, de forma abusiva, agressiva e sem conservação!
Amigos... estamos transformando a Floresta em cidade, essa é a real e essa usina é mais um passo dentro da Floresta e em cima da cabeça dos indigenas, que se recusaram a viver como nós, e agora, sem força, pagam o preço até com a vida como está acontecendo nesse exato momento com os Guaranis Kaiowás.
Há pouco a ponte do Bilhão foi inaugurada aqui, com uma festa danada até com Sra Dilma presente, e o que ganhamos na verdade foram um monte de anúncios de jornal e tv vendendo lotes do outro lado Rio onde se podia fazer o trajeto de barquinho tranquilamente.
Esse progresso veio para quem? para os ribeirinhos que não tem nem carro?
Estao fatiando a Floresta passando a regua e vendendo.
Essa usina é mais uma pilha gigante para sustentar nosso estilo de vida, só isso e já já não será o suficiente novamente, porque o amado progresso não para e atropela tudo que não podíamos ter perdido e esquecido.
Triste demais, minha gente...
O video não é sensacionalista, o video apenas tenta trazer pro dia a dia do nosso conforto, da nossa "realidade", um pouco da tragédia que isso significa.
MARIA LUCIA,
ResponderExcluirvc pode apontar no texto onde há defesa de Belo Monte?
E se há, frisar quais que são feitas sem contraponto?
E vc, é contra Belo Monte? Por que?
Muito bom o texto..... achei um pouco tendenciosos contra a manifestação, mas mostra um ponto a ser discutido. Bessa
ResponderExcluiressa análise da casa de tolerância é fantástica...mostra que é um grande erro construir essa usina e mostra como tem pessoas ainda iludidas pelo presente governo......
ResponderExcluirTiago, não existe nenhuma análise completamente neutra.
ResponderExcluirO que prometo é que se vc apontar o ponto que vc acha que exista uma falha na análise, aponte esta falha que podemos debatê-la.
Mas só dá pra fazer isso ponto a ponto.
donatto,
ResponderExcluirvc pode fazer uma análise de alguém que não é iludido pelo presente governo? Eu publico se você ilustrar seu raciocínio com fatos e dados concretos. Alguém dos 4% que acham o governo ruim ou péssimo.
Como vc diz que as pessoas são iludidas por este governo, estou imaginando que vc gostava do governo anterior, certo?
Você sabe me dizer qual foi o grande destaque do setor energético do governo FHC?
Oi Alvin, achei muito interessante seu texto. Venho pesquisando sobre o assunto a algum tempo, seus argumentos no entanto nao me convenceram, nao que nao sejam bons, mas os meus valores provavelmente sao diferentes dos seus. Eu entendo o q vc disse, mas mesmo as fontes alternativas de energias serem um pouco mais caras, eu ainda acho q podemos desenvolver o Brasil sem ter q fazer todo esse estrago. Vou continuar pesquisando a respeito pq cada vez encontro uma informacao q me faz ter certeza de q devo lutar para impedir q esse desatre aconteca. Infelizmente os brasileiros agem de acordo com a midia, mtos nao tem opiniao propria ou sao preguicosos os suficiente pra pesquisar e formar uma opiniao propria a respeito, por isso fico feliz de q dessa vez, no meu ponto de vista, eles estao fazendo a coisa certa. Nos sabemos q no Brasil desperdicamos mta energia, eu sou contra a construcao de Belo Monte mas tbm acredito q se as pessoas nao mudarem a propria atitude, nada vai adiantar. Nao eh pq fizemos coisas erradas no passado, q devemos continuar fazendo, o fato de termos hidreletricas q sao mto piores q Belo Monte, nao significa q podemos continuar cometendo esse erro mesmo q em menores proporcoes. Um erro nao justifica o outro. Qdo ouco a opiniao das pessoas q moram por la, a grande maioria das pessoas sao contra. Como nao fico satisfeita com em nao fazer nada, decidi ir ate la e ver com meus proprios olhos, conversar com as pessoas, e se for relevante e necessario, vou lutar com tds as minhas forcas contra a construcao dessa usina, caso contrario, volto pra casa feliz por ter pelo menos tentado fazer algo e entao concentrarei minha energia em outros problemas pq ficar discutindo pela internet nao te me levando a nada!!! hahaha. Continue postando comentarios, eles mto importantes, eh sempre bom saber o outro lado da moeda. Obrigada pela sua contribuicao
ResponderExcluirObrigado, LCSG, só algumas observações.
ResponderExcluirO custo das energias alternativas não é seu único problema.
Tanto energia solar e eólica necessitam de grandes áreas cuja instalação impactam o ambiente.
No caso da eólica, com seu custo tornando-se competitivo como vc leu no texto, estas usinas começaram a ser criadas e seus impactos ficaram mais claros para todos.
No caso da solar, a tecnologia ainda tem que melhorar muito, mas é possível instalar um painel solar em casa. Sua produção em larga escala que tem complicadores.
Não estou justificando a construção de Belo Monte com outros erros. Estou somente levantando dados para que cada um forme sua opinião, tanto que cada item tem alguma forma de contraditório a indicação de qual a fonte da informação.
A grande questão que se coloca é: há possibilidade de produzir energia com custos competitivos com menos impactos que Belo Monte. Esta é a questão que os contrários à obra tem que responder para conseguir a adesão da sociedade.
"Observe que 38% do potencial hidráulico da bacia do Amazonas pode ser realizado sem impacto ambiental."
ResponderExcluirA região onde será instalada a usina está dentro destes 38%? Naquela tabela de impacto ambiental, sabe dizer que ponto esta situado o projeto atual?
Concordo plenamente, com o André e a Bia. 5% é um desmatamento! Se todos pensarem assim, de 5 em 5 ...o que restará da Amazonia?
ResponderExcluirO projeto deo combustível álcool era desacreditado mas deu certo no Brasil, então porque não utilizar a energia eólica. caro custará um desmatamento na Amazonia.
Já assinei o ofício. Sou totalmente contra!
Maria
Boa questão Giancarlo, não sei a resposta.
ResponderExcluirSocorrinha,
ResponderExcluir5% seria se toda a área do reservatório fosse virgem. Estou apurando alguns dados, ainda não tem fonte confiável, mas parece que o reservatório ocupará uma área que tem trechos do próprio rio e tem trechos já desmatados.
E observe, não é 5% da Amazônica, é 5% do que é desmatado anualmente.
Se vc é contra Belo Monte por causa do desmatamento, sugiro que vc comece a fazer outras ações para demonstrar seu descontentamento.
Todos os anos são consumidos, pelo menos, 49 Belo Montes de Floresta Amazônica.
De qualquer forma, energia eólica também requer uma grande área e tem impactos ambientais, além do custo ainda ser maior.
Rumo bem mais pragmático e bem colocado, essa é a direção.
ResponderExcluirA única obs. é que 640 km2 são 640 mil ha, e não 64.
Pra mim Belo Monte tem um grande problema que não justifica a sua instalação: a energia vai ser gerada muito longe de onde de onde será consumida. A discussão de sua instalação vai muito além da instalação da hidrelétrica. Temos perdas imensas em linhas de transmissão de energia.
ResponderExcluirSe os investimentos fossem feitos em melhorar o sistema de distribuição, não precisaríamos de uma nova hidrelétrica e essa discussão nem estaria acontecendo
Obrigado, Carina.
ResponderExcluirVocê tem como nos passar alguns links para podermos confirmar e divulgar sua opinião?
O curioso sobre "o planeta não aguenta" é que uma tromba dágua que nunca mais vai ocorrer nessa região por conta da barragem é capaz de destruir uma área muito maior e matar muitas pessoas. Outra: há uma relação direta entre a geração de energia e o combate à miséria, o curioso é que "o planeta não aguenta mais destruição da Amazônia" mas ele seria capaz de aguentar miséria humana? E miséria humana não é degradação ambiental também? Algum ambientalista desse contra Belo Monte é a favor da erradicação da miséria? Já pensaram quantos empregos serão gerados por conta dessa energia ofertada por Belo Monte, quantas pessoas terão uma vida mais digna e sairão de condições degradantes de vida? Será que os pobres não podem ter o mínimo de conforto e sair das trevas medievais, por conta de uma área ínfima que já é alagável como o Alexandre Porto já mencionou? E outra, o projeto consta do programa de governo de Dilma Rousseff, vencedor das eleições, ou seja, o povo já aprovou a construção da usina elegendo o projeto de Dilma, será que o golpe dos derrotados de insistir em bloquear o desenvolvimento do Brasil, desejado e manifestado nas urnas pela maioria da população, é correto? Que tal se discutir sobre projetos futuros, e não sobre o que já foi decidido pelas urnas? Não agrega mais ao país? Ou será que a vontade é manter nosso país atrasado e subserviente aos países ricos, que empurram essa doutrina do "crescimento pra que?" aqui pra dentro e os bacanas acadêmicos compram a idéia sem pensar na nossa realidade que é diferente da deles.
ResponderExcluirAlvim, não sou contra a Belo Monte se for viavel economicamente deve ser feita.
ResponderExcluirMas devemos discutir o modelo industrail do país coisa que não é feita.
Ficar criando usina para criar energia para grandes consumidores um dia vai ter fim.
outra coisa que não e discutido e´o preço da tarifa eletrica que aumenta muito acima da inflação.
Que adianta Belo Monte para o pobre se a conta de luz continuar tão cara.
Alguns dados complementares. Aliás, complementares são as fontes solar e eólica, nunca substitutas dos rios. Apesar da potência instalada de 11,2 mil megawatts,
ResponderExcluiros cálculos usaram a energia média
que efetivamente será produzida, de 4.571
MW médios. Para obter essa produção com
centrais eólicas seria preciso instalar 10.160
turbinas a um custo que varia de R$ 47,8
bilhões a R$ 83,6 bilhões. Outro fator importante é o espaço físico necessário
para as torres das turbinas eólicas.
Para que uma grande central eólica, contínua,
gerasse a mesma energia de Belo Monte, seriam
utilizados cerca de três mil km², duas
vezes a cidade de São Paulo. A área ocupada
seria quase seis vezes maior que a área alagada
para Belo Monte, que será de 516 km². Os mesmos grupos
que forçaram a revisão do projeto no passado,
questionam agora a redução de energia firme.
Belo Monte teve seu projeto reformulado,
preservando áreas indígenas, reduzindo
a área inundada em 66% e, ainda assim, é
objeto de críticas permanentes e tentativas de
obstaculização.
Estamos tratando do município de Altamira,
segundo maior em área do mundo, com cerca
de 160 mil km² e com sua riquíssima hidrografia.
Vão ser inundados 516 km² (0,25% a 0,30%). Belo Monte terá uma potência final instalada de
11.233,1 MW, uma geração anual prevista de
38.790.156 MWh e acrescentará ao Sistema
Interligado Nacional – SIN, 4.796 MW médios
de energia firme, o que representa um fator de
capacidade de 43%. Todas as usinas hidrelétricas
brasileiras apresentam fator de capacidade
que variam entre 40% e 60%. E todas as hidrelétricas brasileiras
- das pequenas às grandes - inundam uma
área equivalente a 35 mil km².Fonte: revista Corrente Contínua, da Eletronorte, disponível em www.eletronorte.gov.br, em Imprensa.
Parece-me q, no final das contas, a ONG que contratou os globais, para a realização desse vídeo, acertou em cheio, ao fazer isso. Finalmente vemos uma mobilização em torno do tema abordado, basta observar o número de posts, somente neste blog, além de mts outros.
ResponderExcluirO importante é trazer conhecimento sobre o assunto e aprofundar a discussão. Consenso? Quase impossível! As opiniões divergem na razão direta dos interesses de cada grupo. De qq forma, valeu este post, assim como, gostem ou não, valeu o vídeo.
Ótima a matéria, mas achei que a pessoa fumando cigarro e falando de ipad, iphone, itudo foi um tipo de ironia.
ResponderExcluirSegundo o post acima, "..Ressalte-se que a manutenção de uma área alagada reduzida é a principal razão do relativamente baixo aproveitamento da capacidade instalada no período de estiagem. Com um pequeno reservatório, a usina tem que contar com o fluxo normal do rio para gerar energia. Esta superfície foi, portanto, um valor para equilibrar a viabilidade financeira do empreendimento com o menor impacto ambiental possível. ..." Não se pode ressaltar o potencial energético e alagar, inudar, destruir 640 km2 de floresta amazônica, muito menos em gastos de investimento vultuosos, sem antes falarmos em ecologia. Os valores financeiros e energéticos são secundários diante de um sério empasse. O debate é de caráter vital e dizer sem base técnica alguma, já que é dito por um blogueiro e editor, que não tem competência e nem autoridade no assunto, muito menos faz parte da comunidade cientifica, para afirmar que o empreendimento tenha ao menor impacto possível sobre o meio ambiente é falacia. . Temos que ouvir a comunidade cientifica e debater as questões com fundamentos. Existe um antigo provérbio, se não me engano de Confúcio que dizia o seguinte: "Em cada questão, há sempre 3 pontos de vista a considerar: O meu, o seu e o correto!" Temos a obrigação de ir atrás da verdade, sem sectarismo partidário. Defender a política do partido, sobre meio ambiente, de olhos fechados é caminhar sem destino e se arriscar a cair no abismo. Suicídio.
ResponderExcluirAmanda, a questão do cigarro e ipad foi bem apontada acima:
ResponderExcluirhttp://casatolerancia.blogspot.com/2011/11/belo-monte-noticia-ou-novela.html?showComment=1321897900554#c5957348140335364015
Sting, concordo com vc que o video dos artistas tem o mérito trazer o assunto à tona. Tomara que eles façam outros, mas eu sugeriria algumas coisas:
ResponderExcluir1 - engajar-se enquanto o projeto está em discussão e não depois de iniciada a obra;
2 - melhorar o nível da discussão. O problema de falar qualquer coisa é que radicaliza o debate e impede a discussão racional. Pelo conteúdo do video, vc tem que se posicionar se se deve construir hidrelétricas na Amazônia porque é um crime inundar 1 m2 de floresta. É preto ou branco, não tem meio termo;
3 - Eles vendem como uma tentativa de conscientizar o que é uma ação de convencimento que Belo Monte é ruim. Veja o video americano que inspirou e vc verá que é outro nível. Os artistas americanos tentam de convencer a VOTAR, não a assumir a posição A ou B. Chama 5 friends, busque no you tube.
Vamos ver se para os próximos projetos a discussão é antecipada para poder ser feita com argumentos mais sólidos.
Eu também não sou contra os globais. Veja quem eu acho que são os vilôes de Belo Monte em:http://casatolerancia.blogspot.com/2011/11/belo-monte-o-jogo-dos-7-erros.html
Pra quem chegou agora, como eu, sugiro não olhar pro tamanho da scrollbar e ler tudinho desde o início. Incrível espaço de debate. Mérito do texto inicial.
ResponderExcluirAdjútor Alvim, parabéns pelo post! Eu acrescentaria algumas perguntas ao final. Somente a título de esclarecimento. Já que como vídeo diz ser importante saber quem está pagando por Belo Monte, considero igualmente importante saber:
ResponderExcluir1) Quem está por trás do vídeo? Os artistas se organizaram espontaneamente?
2) Quem pagou o cachê dos artistas? No vídeo não aparecce que eles doaram os chachês. Fizeram por amor?
Abs.
Daniel.
Caro Adjúntor, seu blog apresenta fatos embasados sobre o projeto e suas consequências, diferentemente do vídeo veiculado pela mídia, onde atores hipócritas aproveitam de sua posição para confundir as pessoas e formar uma opinião errônea sobre o assunto. Vc está de parabéns e já compartilhei o link no meu perfil do facebook. Contra fatos não há argumento. E só no Brasil artistas e pseudo-humoristas são levados à serio enquanto muito bons engenheiros são desacreditados.
ResponderExcluirApenas gostaria de propor uma correção, a unidade de energia é MW.h e não MW/h.
Gostei muito da materia
ResponderExcluirAdjútor Alvim, pouco tinha me informado sobre o assunto.
Mas como disse o Ricardo, isso é assunto pra ser discutido por Engenheiros embasados em fatos.
Perdas com certeza acontecerão.
Mas e os ganhos?
Não sou contra o video, mas sou contra a forma exposta, pois não acredito que uma obra desde tamanhos só irá trazer prejuizos, creio que tudo esta sendo levado em consideração, e acredito que o país tem mais a ganhar do que perder!
Quanto ao que vão fazer com os indios, acredito que um remanejamento deve ser feito de forma correta e justa.
Agora se os artistas do video se importam TANTO, bem que podiam ceder o espaço de todo o PROJAC para os indios!
Tem gente que só pode estar de brincadeira...
ResponderExcluirAlguém de você já veio para a Amazonia?
Tem gente dizendo que seria bom porque vai gerar empregos e vai tirar os miseráveis da época medieval.
Pessoal, nem todo mundo quer ter um carro , uma casa, um emprego e ri no cinema no fim de semana...
Pessoas que estão fora desse nosso circulo de consumo por opção vão ser lesadas.
Sua cultura, sua história e suas vidas serão alteradas pelo nosso desejo de progresso e não deles.
Vamos acordar, pelamor.. pleno século 21, beirando 2012 e me levantas argumentos como esse.
Não deixem o preconceito com a Globo, Tv e atores se sobrepor a importancia do tema.
O tema é grave e nós temos que entender a importancia dessa floresta... que está boa parte em nosso territória nacional.
A floresta tem mais olhos do que folhas, lembrem disso.
Segundo, seria muito interessante que você puder fazer o texto descrevendo quais serão os impactos concretos para o espaço geográfico afetado por Belo Monte.
ResponderExcluirDizer quais comunidade indígenas vão ser afetadas e como, quais especíes da fauna terão sua existência ameaçada.
Sem listar os impactos específicos não dá pra dizer que Belo Monte é um mal em si mesmo.
Como diz a descrição do blog, vamos sair das palavras de ordem da militância pró e contra e discutir fatos e números.
Apesar dos hábitos de consumo da população entrar no texto apenas no final, quase como um parêntesis, essa deveria ser a questão central em qualquer discussão sobre o meio ambiente.
ResponderExcluirNão sou um especialista na questão e acredito que, mesmo que eu estude muito o assunto, minha opinião não será significativamente melhor do que a que eu já tenho, mas sou capaz de afirmar que por maior que seja o impacto de uma usina dessas, não é nada perto do que se poderia conseguir com a mudança de pequenos hábitos de consumo distribuidos por toda a população.
Se for para investir na área ambiental (não construir a Usina também traz custos... só que custos de oportunidade por dificultar o desenvolvimento da região) deve-se investir no desenvolvimento de consumidores conscientes. Nisso sim os atores da Globo poderiam ajudar muito.
Enfim... Sou a favor da construção de Belo Monte.
Quem tem mais poder de convencimento; essa blog tendencioso, ou uma propaganda de peso com atorizinhos idiotas globais?
ResponderExcluir72 comentarios ou 1070736 pessoas que apoiam uma causa (gota d agua) ? Pense nisso.
Caro ".", você tem algum problema de timidez que o impede de se identificar?
ResponderExcluirSeria extremamente pode dialogar com alguém que tenha nome para sustentar suas opiniões.
Mas, de qualquer forma, o que posso de responder é:
Quem tem mais autoridade legal e política?
1.070.736 que apoiam essa causa
ou
a presidenta constitucionalmente eleita com cerca de 60 milhões de votos?
Pense nisso.
Adjútor Alvim do que você está falando amigo? Em que planeta você vive? que agua você bebe?
ResponderExcluirJá fui claro dizendo que os dados não importam numa obra que desmata e agride o meio ambiente. Isto para mim é muito claro, e acredito que para quem tem uma consciencia mais desenvolvida também.
Presencio aqui na Amazonia a luta atitudes que pessoas que pensam como você ajudam a acontecer.
Vir com documentos e estudos feitos por falsos academicos não tem validade.
Nós perdemos o contato com a natureza, nem sabemos mais utiliza-la.
Agora, discutir números? não existem números quando se trata do meio ambiente que temos que preservar, e dar a chance para as futuras gerações. Pensam no próximo e não em sí mesmo.
Parece que nada do que escrevi você entendeu. Me desculpe amigo, mas é preciso expandir sua perspectiva de realidade e sair do casulo que se encontra. Não é nos documentos e nos jornais que você vai ficar sabendo da verdade. Sai do circo ao qual eu também já fui parte, assim você vai ter uma visão melhor.
Repito, não se prenda aos dados, cada arvore cortada é uma a menos funcionando e isso acontece aqui diariamente so os olhos do governo federal e ainda sim você vai acreditar na historinha que te contam?
Você como a maioria das pessoas aqui a seu favor devem ser carnívoros, aposto!
Sem mesmo saber que mais da metade dos grãos cultivados no BR vão para a alimentação dos gados e que a maior parte do desmatamento da amazonia é para a produção de soja para alimentá-los. Sabia disso?
E além disso, o gas metano emitidos pelos gados é muito pior que o co2, sabia disso?
Você sabia também que você ingere cerca 5.2 litros de agrotoxico por ano, e já não temos mais sementes crioulas, temos agora somente sementes já modificadas geneticamente que só crescem com os venenos colocados?
Acho que você está fora desse universo amigo... a situação é grave...
Para quem usou uma ironia do video, a fumante, da forma que usou... já entendo seus limites...
Leia meus outros 2 postos algumas vezes, não se sinta ofendido de maneira nenhuma, mas é preciso que se entenda a situação, busque mais na internet... busque sobre alguns movimentos que já estão acontecendo buscando melhorias para uma nova era... busque sobre permacultura.. busque sobre Transition Towns , busque sobre o pico do petroleo... energia limpa...
um abraço... no final nos somos todos irmãos.
Segundo, muito interessante seus comentários, partindo principalmente de quem vive na Amazônia.
ResponderExcluirVocê pode identificar-se um pouco melhor, seu nome, sua profissão, que região da Amazônia você mora?
O meu casulo ou planeta você pode saber pelo Blog que é Belo Horizonte. O seu qual que é?
Adjútor, me chamo Luiz Segundo, tenho 30 anos, sou natural de São Paulo e vivo em Manaus há alguns meses onde faço parte do movimento Transition Manaus, que é uma célula do Transition Towns mundial.
ResponderExcluirTambém trabalho com tecnologia, mais específicamente com actionscript. Minha vida nem sempre foi visando um panorama mais sustentável, mas pelas mesma linhas do destino que me fizeram ser um desenvolvedor, também me fizeram olhar o mundo em uma outra perspectiva, passar pela fase do consumo e buscar cada vez mais minimizar nossa separação da nossa fonte, de onde nós viemos, a Natureza.
Meus planos a curto prazo excluem a tecnologia, pelo menos da forma que emprego hoje em dia.
Mesmo porque acredito que se evoluímos nesse aspécto foi com algum propósito e podemos aperfeiçoar a utilização, como tudo que foi criado desde a era industrial. Estudei na Escola Superior de Propaganda e Marketing, onde alí visualizei como o mundo da publicidade é podre, deixando o bem estar da nossa civilização fora da lista de objetivos, na verdade nessa lista só há um objetivo, lucro. Ali estudei apenas 2 anos e quando a necessidade estudar o marketing a fundo surgiu, eu sai.
Esse post foi escrito por amigos de MG que fazem parte do Transition. Se tiver interesse em ler, é bacana e conta um pouco o proposito do movimento.
http://www.coletivoverde.com.br/transition-towns/
Estamos em um momento de refletir sobre a velocidade do nosso progresso e não adicionar mais uma pilastra nessa construção fadada a implosão. Esse é meu ponto.
abraço
Alguns links que podem ajudar a aprofundar o debate e a refletir, de fato, sobre os impactos socioambientais.
ResponderExcluirÉ preciso ir muito além da "viabilidade econômica" e do que tange os nossos modos de vida e padrões de consumo.
A polêmica sobre a usina Belo Monte
http://www.socioambiental.org/esp/bm/index.asp
em especial, vale a pena ler "Um conjunto complexo de impactos socioambientais"
http://www.socioambiental.org/esp/bm/isa.asp
olha, muito interessante o texto, inclusive, já estava começando a mudar meu posicionamento sobre essa usina...
ResponderExcluirmas, só uma observação sobre a questão do cigarro e do ipod, acho que eles só estavam sendo irônicos mesmo...
Super importantes as informações deste blog, uma boa resposta a esse vídeo horroroso. Para mim, é uma irresponsabilidade pessoas públicas, como atores da principal tv do país, passar informações parciais ou tendenciosas.
ResponderExcluirFala-se muito e escreve demais sobre impactos ambientais, pessoalmente só o fato de nossa espécie ter evoluído tem causado impactos ambientais há milhões de anos.
Outra questão são os índios. Meu Deus! Quem estudou o mínimo sobre a cultura autoctone brasileira sabe pouquissimos grupos eram semi-sedentários, inclusive na Amazônia, e utilizavam-se do solo e da mata mudando-se constantemente.
Acho que muita gente ainda mantém uma visão romântica da Amazônia e dos índios, uma visão construída por muitos anos.
É fácil discutir tudo isso sentado confortavelmente à frente de pc, fico pensando quantos já viveram em uma situação sem luz elétrica ou sem esgoto....quantos aguentariam viver sem os confortos da vida moderna.
O video do movimento gota d'agua, e a sua explicação ponto a ponto perdem a grande questão, que todas as discussões estão perdendo : nossa demanda de energia precisa de dezenas de usinas como Belo Monte, e só uma nova política de geração de energia dará conta.
ResponderExcluirQuando Belo Monte estiver pronta, já estará obsoleta.
Se hidrelétrica fosse resposta para geração de energia, a China terá que construir 2 por mês até 2045 para surprir sua própria demanda.
30 bilhões de dólares não importa da onde venham. É uma quantidade de dinheiro que apoiaria a pesquisa e a ciência brasileira em prol de resolver a questão pra sempre, eólica, solar, biomassa ou o que venham a inventar. Hidrelétrica é política, como pesquisa e ciência também.
Uma história : os EUA entraram na ONDA VERDE na década de 70. Bilhões gastos com pesquisa, até a GM tinha o carro elétrico pronto para produção em escala industrial. Ronald Reagan se candidatou a presidência com apoio Saudita, endemoniou a causa verde, proclamou que ecologia acabaria com os níveis de conforto do americano médio, enterrou uma década de pesquisas, enfiou outros bilhões de US$ na guerra fria e bilhões de CO2 na atmosfera. A política americana culminou em 1988, o ano de maior devastação da floresta amazônica, ano da famosa foto da NASA que se via a fumaça do espaço, ano da UDR, ano da morte de Chico Mendes.
Belo Monte inundará 640km2 de floresta. Em comparação a outras hidréletricas é bem menor, 10% da maioria. Mas não importa se fosse 1 km2, A FLORESTA VALE MAIS EM PÉ DO QUE DEBAIXO DÁGUA OU DERRUBADA.
Seu texto diz que é possível comprar terras de 64.000 hectares, e isso é só 5% do desmatamento anual. Parece um dado positivo, mas não é. Qualquer desmatamento é nocivo. Quem está contra Belo Monte está contra as políticas pecuaristas, contra os grileiros, a favor de manter a floresta de pé que é como ela vale mais.
"Faz todo sentido, portanto, que se construam hidrelétricas na Amazônia."
Faz sentido é procurar soluções novas, inclusive soluções que respeitem a vocação real da floresta e de quem vive dela. Lembrando : Chico Mendes defendia os catadores de castanha, queria que suas práticas centenárias de manejo e sustentabilidade fossem respeitadas. Foi assassinado pq queria manter essa prática sustentável viva. Uma família que vive da castanha ganha US$1000,00 POR ANO! Gerações de família vivem assim. Na pecuária que tomou a Amazônia de forma política, US$600,00 ANO. Belo Monte e outras hidrelétricas quanto? Por quanto tempo?
Por fim, suas perguntas:
1 - Não é contraditório alguém defender desenvolvimento sustentável (e, portanto, saudável) com um cigarro nas mãos?
Sim, é contraditório. Movimento sustentável pode não ser exatamente saudável, mas bituca de cigarro é o maior micro lixo do mundo, responsável por enchentes e contaminação do solo. Nossa missão é gerar energia para manter as demandas de desejo humano de forma sustentável, mesmo que seja o péssimo hábito de fumar.
2 - Não é ainda mais contraditório alguém defender uso racional dos recursos naturais proclamando-se usuário de IPad, IPhone, ITudo? Não seria interessante que os bem intencionados apresentadores do vídeo também propusessem medidas cotidianas de economia de energia e contenção do consumismo?
Não. Nós, os humanos, vamos continuar com demandas de desejo, continuaremos tendo filhos e mais filhos, e somos essencialmente consumistas. Temos a oportunidade de fazer isso sem impacto ambiental.
Regis, concorodo que deva se pesquisar outras fontes de energia. Mas isso não deve impedir outros investimentos em geração de energia.
ResponderExcluirHoje você já vem alguma geração de energia de forma mais sustentável que hidrelétricas.
Carros eléticos já estão sendo desenvolvidos. Agora, sua proposta é gerar energia elétrica para eles de que forma?
O meu ponto acerca dos 640km2 é que, se quem está preocupado com Belo Monte por causa do desmatamento, está mirando o alvo errado. Deveria se preocupar com as outras 20 Belo Montes que são desmatados todo ano. Se estão contra os grileiros, deveriam fazer pelo menos um videozinho sobre eles.
Aqui um detalhe, não tenho dados exatos, por isso não publiquei que parte do alagamento será feito em áreas já desmatadas e de braços de rio.
Você não gostaria de escrever um texto sobre atividades econômicas sustentáveis na Amazônica, apontando áreas que elas ocupam e população ocupada? E o resto da floresta não usada pelo homem? Sua idéia é incentivar que outras famílias façam essa ocupação ou impedir a ocupação da área restante?
Você diz que temos a oportunidade de suprir nossos desejos sem impacto ambiental. Seria outro excelente texto Regis, os dados que tenho indicam que 20% da população mundial consome 80% da energia. Se formos igualar este consumo para toda a população mundias, temos que gerar 3 vezes mais energia que geramos hoje. Há números de pesquisa, investimento, formas de tratamento dos residuos da geração de energia que apontem para fazer isso de forma sustentável?
"Hidroeletrica nao eh energia limpa" "Irreversiveis" Isso nao pode ser ignorado. Ridicularizar a postura das pessoas envolvidas no video ou provar que existem situacoes piores nao torna o projeto de Belo Monte bom ou indispensaveis. Achar que o impacto ambiental e nas comunidades indigenas nao serao nada que faca o ecosistestema ou a comunidade indigena morrer nao eh argumento plausivel e muito menos intelectualizado para uma discussao de tao grande porte. Nao sou a favor porque acredito que somos suficientemente capacitados de conseguir adquirir energia de outras maneiras. Ainda caras as demais iniciativas sitadas sao um futuro que devemos priorizar e, no meu ponto de vista pessoal, nao temos que esperar nem mais um minuto para nos preocuparmos com um mundo sustentavel. O trabalho eh dificil, complicado e requer muita coragem. Eu estou disposta e quem comigo convive SEMPRE me veh abrindo discussao sobre o assunto e mostrando pequenas e praticas iniciativas diarias que podem ser vividas por todos. Sou prova de que eh possivel.
ResponderExcluirAs vezes me pergunto por quê será que as pessoas são tão ingênuas? Basta vários artistas apoiarem uma causa e todos acreditam. Por que será que estes mesmos artista não aproveitam e mobilizem a sociedade pra se ter uma educação de qualidade, apoiando o 10% do PIB para a educação e a valorização dos profissionais, afinal nós educadores somos responsáveis pela formação de um bom cidadão. Isto eles não fazem, mas é claro os filhinhos deles já estudam em uma boa escola particular e eles não precisam se preocupar com isso! neste ponto me pergunto mais uma vez será que de fato a construção de uma usina pode mesmo ser tão ruim? Do meu ponto de vista pedagógico acredito que isto só irá melhor o desenvolvimento daquela região. Quem trabalha ou já trabalhou em escolas completamente isoladas em áreas rurais sabe muito bem do que estou falando. As crianças são obrigadas a percorrer quilômetros e quilômetros pra se chegar na escola; as turmas são multisseriadas, ou seja vários alunos de várias idades na mesma sala com uma só professora, que não dispõe de recurso pedagógico BÁSICO, lápis, borracha, caderno, sulfite e um mimeografo descente (este artigo não faz parte do passado, é muito comum em escolas públicas). Com a construção da Belo monte as crianças serão beneficiadas com o desenvolvimento e o acesso a cultura e a informação, deixaram de ser esquecidas pelo resto do Brasil. Quando apoiamos a causa desses artistas, estamos apoiando também a exclusão social dos moradores dessa região. é muito fácil gravar um vídeo e publicar na internet fazendo de um assunto uma novela. Estes artista estão tão preocupados com o meio ambiente, ai que lindo! Mas será mesmo que eles estão fazendo a lição de casa direitinho? Estamos deixando seus carros em casa para pegar um ônibus coletivo ou indo de bicicletas? Fazem a coleta seletiva em casa? estão deixando de ser consumistas? Etc.....Leia artigos sobre o assunto, reflita e depois sim assine e poste o que você quiser, mas só depois de ter a certeza que está fazendo a coisa certa!
ResponderExcluirhttp://catarse.me/pt/projects/459-belo-monte-anuncio-de-uma-guerra
ResponderExcluirRapais, muito bom seu texto. Muito bom mesmo!!!
ResponderExcluirQuanto aos comentários contrários a belo monte eu os dividiria em dois tipos:
1) Quem é contra qualquer desmatamento pra fazer Belo Monte.
2) Quem é contra a necessidade de energia
Quanto ao segundo tipo, na verdade foi só o comentário do “segundo” que se propõem a pensar em outra forma de consumo que necessita abrir mão das tecnologias que nos temos hoje. Discordo em grande parte dele, eu particularmente não quero abrir da evolução tecnológica. Mas concordo que se esse fosse um caminho Belo Monte seria desnecessária. Porém como esse não é o caminho que a sociedade toma, continuo a favor da usina.
Quanto ao primeiro tipo de comentário é ele que me preocupa, não existe energia limpa. Isso é um fato. Usinas nucleares até hoje não destinação melhor pro seu lixo do que lacrar e mandar pro fundo do mar. Energia eólica requer grandes áreas assim como as solares, grandes áreas que serão impactadas, mudam o regime de ventos, mudam a temperatura do solo, mudam a condição de luminosidade, interferem nas chuvas e na vida das espécies nativas assim como as hidrelétricas interferem nas áreas alagadas.
Porém além do que foi dito sobre a ainda dificuldade dessas alternativas gerarem grandes quantidades de energia a energia hidrelétrica tem no Brasil a característica de ser abundante. Portanto é a energia que temos facilidade de ter, pra se ter idéia 40% da chuva do mundo cai na Amazônia.
Energia hidrelétrica no Brasil é sinônimo de segurança energética, isso quer dizer (e é tão importante quanto ter energia) que é garantido que nos teremos energia. E as empresas precisam de segurança energética pra funcionar, gerarem empregos e renda pra sociedade.
É claro que no mundo ideal nenhum desmatamento é bom, mas no mundo real é necessário, salvo uma mudança de comportamento da sociedade que tem que ser discutido pra frente e não pra trás. O Projeto como já dito foi idealizado na ditadura militar, vem sendo discutido desde então e sofreu uma serie de mudanças, como frutos dessa discussão.
Eu acho inclusive que precisa ser revisto o modelo de barragens a fio d’água na minha modesta opinião isso sim um problema. Já que precisamos intervir, alagar e mudar uma região que seja de forma a garantir o máximo aproveitamento pra que em quantidade os projetos sejam menos numerosos.
Habib, não prego o abandono do uso da tecnologia, mas prefiro que isso seja feito respeitando algumas premissas básicas que simplesmente englobam a não destruição dos nossso meio ambiente.
ResponderExcluirLembrando que muitas das coisas que acreditamos precisar, nos foi imposto pela publicidade, necessidade de se sentir parte de um grupo e pelo trabalho que por sua vez está longe de ser para suprir nossas necessidades básicas, a partir do momento que o dinheiro perdeu sua função de facilitador de trocas e passou a ser algo acumulativo.
Sei que estou indo um pouco mais além da compreensão de algumas pessoas, mas se você analisar bem as contradições do cenário que vivemos, poderá enxergar que há funcionar de outra forma. A coisa só está assim por nossa causa. Nossa passividade.
Estou disposto a abrir mão de certos confortos para que as condições de vida no planeta permaneçam.
Não penso em mim como indivíduo, penso em mim como parte de um todo e que pode fazer algo para a real evolução da humanidade e não para sua extinção. Com isso sei que devo ser compreensivo e entender que meus costumes provém de uma cultura com problemas, isso me facilita enxergar a figura completa.
Nos orgulhamos da nossa evolução, mas que evolução é essa? Temos de tudo de não sabemos fazer mais nada sozinhos, temos que comprar, nossa evolução nos levou a uma civilização de consumistas e serviçais.
A sociedade capitalista ocidental não representa o mundo, lembre-se.
Nós não conhecemos a nós mesmo, vivemos somente tratando como realidade o que nos recebemos através dos nossos sentidos, não nos analisamos, não nos contemplamos como seres humanos. Quanto tempo do dia você tira para fazer uma reflexão da vida que tem levado, de como você se comporta, do que você mais gosta, do que você realmente gostaria de falar, de sentir.
Entrei na discussão sobre Belo monte e me ative a ela pois é disso que o post trata, mas meu ponto de vista pode ser transposto em varias outras situações áreas.
O cálculo da pegada ecologica do Brasil já passou da bio capacidade do planeta. Isso aconteceu em 1987, estamos utilizando os recursos do planeta numa velocidade maior do que ele pode se regenerar.
Isso devido a nossa economia baseada em recurso sobre um sistema linear.
Nós extraímos, manufaturamos e dispensamos sem o fechamento do ciclo, isso serve para todos os produtos, inclusive a alimentação, que além que conter venenos proibimos em boa parte do globo, tem seus rejeitos jogados no lixão , ou debaixo do tapete se preferir.
A questão da energia é apenas a uma ponta, é a pilha que alimenta esse carro sem freios e com o volante quebrado.
Por isso temos que mudar nossos costumes agora, só somos assim porque nos acostumaram dessa maneira, o ser humano não é consumista por natureza, alguém aqui escreveu essa bobagem. Nossa cultura do consumo foi criada para aumentarmos a capacidade de produção do País, a propria Dilma nos pediu que continuemos a produzir e consumir, pobre Dilma, ela como boa parte de nós ainda é tão condicionada que não enxerga a realidade. Fez como o Bush pós 11/09, Go shop!
Convido a todos para virem a Manaus e presenciarem o que é estar na floresta com os indigenas. Algum outro comentário infeliz diz que os indigenas ja não são como antes, que temos uma visão romantica dos indios... pela amor de deus.. que espécie de comentário é esse? Eles não querem o nosso progresso!
continua...
continuação...
ResponderExcluirFora o fato da ponte de mais R$ 1 bilhão ao qual já escrevi aqui, conto mais um caso que está desde 1997 em disputa entre a comunidade ribeirinha de Jatuarana contra o exército de Manaus. Essa comunidade fica no encontro das águas e está sendo ameaçada pelo exército que alega ter posse das terras.
Muito bem, uma criança achou uma granada na comunidade e o artefato explodiu numa tentativa de ser aberto para ver o que era.
Fora isso constantemente disparos são feitos apara amedronta-los.
Isso já esta na mídia aqui , mas pouco é feito, mesmo com os ribeirinhos tendo os títulos das terras e vivendo lá há mais de 100 anos.
Por que isso ocorre? Porque antes da cidade crescer o exército ganhou as melhores áreas nas margens do Rio Negro dentro da cidade de Manaus, porém com o aumento populacional e inflação do mercado imobiliário local, o governo quer estas terras de volta para fazer loteamento e com isso o exército precisa sair.
O exército por sua vez ganhou outras terras dentro da mata 5km para dentro de onde se encontram estes ribeirinhos, mas não satisfeitos, querem se apropriar na força dos terrenos que vão até a margem do Rio.
Outro caso triste foi o assassinato de 2 pessoas que defendiam a floresta do desmatamento, agora a região protegida virou um enorme pasto para criar os gados que enchem a boca dos carnivoros de água. Enche de água e de sangue destas pessoas!
Este é o link de um documentário sobre o José Claudio e sua esposa, que foram mortos e tiveram suas orelhas arrancadas para provar o sucesso do crime encomendado.
http://www.vice.com/es/toxic/toxic-amazon-part-1
Onde estão os governantes nessa hora?? eles estão permitindo isso, pois não nos representam há muito tempo.
Então peço, amigos, façam uma reflexão sobre a vida que levamos e de tudo que ignoramos.
A hora de mudar é agora!!
Somos a Primeira geração que tem que fazer alguma coisa Mudanças Climáticas.
A primeira geração a ter responsabilidade com o futuro.
A primeira geração a ter de quebrar uma cultura de consumo passivo.
A primeira geração a ter de gerar um futuro a partir de fontes de energia renováveis. sobre
Pensem nisso!
Segundo, desculpe se me expressei mal sobre vc. Na verdade minha ideia era elogiar sua postura. Que pra mim não cabe na sociedade que vivemos hoje por isso discordo da viabilidade. Mas vc foi a única pessoa que colocou como contra ponto a Belo Monte, um cenario que com diminuição de demanda ela se torna desnecessaria. Discordo da viabilidade desse cenário, mas concordo com ele como contra ponto.
ResponderExcluirA maioria vem aqui diz que tem que preservar a natureza, mas não poem contra ponto de como gerar a energia.
Eu sou engenheiro civil, entendo um pouquinho do assunto que estamos falamos, trabalho um pouco com meio ambiente, conheço algumas coisas do EIA/RIMA da usina, do seu projeto e do seu histórico, entendo um pouco das outras opções e não vou aceitar nunca que energia hidreletrica seja julgada como suja pra gerar energia no norte quando as termoeletricas que hoje levam energia pra região norte do Brasil são movidas a combustivel fóssil. Ou quando as pessoas ignoram que "campos de paines solares" tem impacto no meio ambiente, que eolicas também.
No geral falar de energia é escolher os impactos dependendo dos resultados que queremos, financeiros, ambientais, de sustentabilidade e etc. Como disse eu inclusive acho um erro estratégico Belo Monte ser fio d'água.
Abraços.
Habib, entendi sua colocação. Sei que é difícil imaginar um cenário diferente a curto prazo para melhorar a sociedade mal acostumada com tudo em fácil alcance. Por isso mesmo que a mudança antes de qualquer coisa precisa ocorrer no indivíduo, pois essa não é uma questão política ou economica, é uma questão da humanidade, da nossa civilização que está reduzida e convertida em um sistema de escravidão sem valor.
ResponderExcluirSe sabemos que o nosso rumo não vai bem, porque não mudá-lo?
O Brasil ainda é, e agora mais do que nunca, ludibriado pelo sonho americano, sonho este que se tornou um pesadelo com o perdão do trocadilho. Porque agora temos mais condições de alcançar e ter tudo que vimos na telinha, isso graças a adorada globalização que está criando uma monocultura mundial.
Monocultura = baixa resiliência. Estamos altamente vulneráveis a choques externos.
Essa mesma globalização que nos faz em toda parte de globo ter quase os mesmo tipos de alimentos sendo cultivados, descartando assim os alimentos locais que já estão em esquecimento porque nosso anciões estão morrendo e nem damos bola aos seus ensinamentos.
Aqui em Manaus você paga R$15,00 por um pé de brócolis e as verduras e legumes locais não-convencionais são desconhecidas. Fora o agrotóxico e transporte dessa peça até Manaus. Parece brincadeira né?
Será que não é possível olharmos as crises economicas dos peixes grandes, as crises sociais e antes de chegarmos lá, evitarmos a mesma situação?
Eu acredito nisso, acredito que a massa é levada pela opinião dominante e que podemos alcançar um tipping point para reverter isso e entrarmos em uma nova era, onde poderemos utilizar com sabedoria toda a informação que acumulamos nos últimos anos.
Por isso precisamos do maior número de pessoas acertivas que levem a informação da realidade para os demais até atingírmos esse ponto, não importa quanto tempo demore, já que não começamos a criar os problemas ontem.
A solução é do tamanho do problema e precisamos de novas ideias, novas peças no tabuleiro para conseguirmos.
Eu realmente espero que o que está acontecendo no mundo sirva de exemplo para o Brasil, pois muitos países que tiveram tudo que se imaginou como sendo o grande objetivo, estão caíndo e imprimir mais dinheiro já não resolve, o povo não aguenta mais a desvalorização da moeda e juros altos.
Não é fácil, principalmente quando ainda vivemos nas cidades e sem $ você não faz nada.
Belo Monte pode apenas um arranhão na Floresta como alguns consideram, mas de fato não resolve em nada os problemas que estamos e que ainda vamos enfrentar devido a nossa falta de consciência.
Não considero energia hidreletrica não limpa, mas colocar mais uma pilha nessa bomba relógio é o que me incomoda, porque não resolve em nada.
Temos que ter cuidado com inverdades plantadas sobre projetos legítimos, como de energia eolica e solar.
Já existem muitos projetos revolucionários que estão muito longe dos nossos ouvidos. Muitos são comprados por empresas que e dizem verdes e depois sentam em cima do projeto para não sair nunca.
Como ocorreu com o carro elétrico da GM na década de 90, onde tomaram os carros dos compradores e destruíram para que ninguém veja como tinham sido feitos, pois tinham um ótimo rendimento.
Hoje já não aposto no carro elétrico, aposto em cidades planejadas para que exista baixo deslocamento, ou que seja feito por transportes públicos ou mesmo de bicicleta.
Te digo que nem do ponto de vista político e economico isso traria bons frutos. O que traria bons frutos é o fim da corrupção, não outra usina.
Temos que ter medidas revolucionárias e não reacionárias.
É tarde demais para ser pessimista perante a capacidade de mudança.
Só depende de nós!
Faço parte deste movimento que a cada dia cresce mais e mais.
Atuo na cidade de Manaus.
http://www.transitionnetwork.org/
um abraço
Acho que Belo Monte será construída de qualquer jeito. Apesar do impacto ambiental, social e da mensagem que representa.
ResponderExcluirEscolhi essa causa específica para ilustrar o que o governo brasileiro deveria dar de exemplo de futuro ideal : investimentos sérios em geração de novas energias, governância para o povo, corrupção e interesses privados escusos zero.
É a hora de quebrar com o interesse do capital sobre todas as coisas. É uma oportunidade de mostrar como o governo militar iniciou a destruição da mata achando que o progresso do país estava em explorá-la.
Um recado para o mundo : vejam, temos a maior floresta do mundo e não vamos enfiar bilhões de toneladas de concreto lá. Não vamos enfiar 50 mil homens trabalhando num canteiro descomunal no meio da mata, impulsionados por um sonho de EL DORADO, deixando um rastro social devastador, que inclui mais ignorância, mais violência, mais miséria humana, ética e moral ( e aqui estou me referindo as casas de prostituição que serão abertas para “divertir”todos esses homens. ) ; vejam, descobrimos zilhões de litros do melhor petróleo do mundo 7 mil metros no fundo do mar e não vamos explorá-lo, não podemos afirmar que será uma empreitada feliz, não sabemos se iremos inundar nossos mares com óleo, não queremos jogar esse CO2 na atmosfera.
Vivemos na periferia do consumo e do bem estar do norte-americano médio há décadas. Será que não podemos esperar só mais um pouquinho, esperar uma solução que inclua todos, harmonizar natureza e vida moderna e mostrar ao mundo o que é ser BRASILEIRO, um novo paradigma, diferente de apenas atingir o capital?
Dinheiro não falta. Ele escorre pelo imenso ralo da corrupção. E nesse quesito, quando se fala em concreto e engenharia civil todos os políticos coçam a mão. Estudo da GV de 2 anos atrás aponta que 40% da corrupção se dá nas obras.
Sobre as atividades econômicas, não acho que sou o mais indicado. Conheço dezenas delas, e sei que as famílias vivem da mata sem explorá-la. Recomendo o livro “O Mundo em Chamas”, do jornalista do NY TIMES Alex Shoumatoff. Ele conta a realidade da Amazônia, conta o assassinato do Chico Mendes, e descreve a prática dos catadores de castanha.
Sobre nossos desejos sustentáveis, um dado é espantoso : se a China resolvesse ter a mesma demanda de recursos que a cidade de São Paulo, entraríamos em colapso em 10 anos. Temos sim que fazer escolhas, todos os dias, e elas diminuem o impacto na hora do consumo.
Trabalho em produção de filmes publicitários, um meio que não tem muitas preocupações ambientais no dia-a-dia, infelizmente. Há 1 ano produzo o documentário oficial e a WEB TV do SWU – STARTS WITH YOU + MUSIC AND ARTS FESTIVAL.
Em contato com as ONGS, dando voz através da WEB TV no www.swu.com.br/swutv, e nos fóruns das duas edições do festival, entrei mais ainda em contato com o universo de quem faz o melhor para outras pessoas. De sustentabilidade na Amazônia a construção de casas populares em Carapicuíba.
Material que será postado aos poucos nesse link acima. Matéria que entrou hoje no ar fala de Belo Monte. David Rothschild e seu barco de garrafas pet estão lá.
Vale a pena conferir o vídeo.
vc leu essa entrevista?
ResponderExcluirVeja como a questão é bem mais lá embaixo.
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/10/belo-monte-nosso-dinheiro-e-o-bigode-do-sarney.html
Regis, já vi várias vezes essa entrevista. 98% dela é de um acadêmico rancoroso contra um governo que ele serviu.
ResponderExcluirExtraindo dos 2% que restam os argumentos dele seriam:
1 - Falta de viabilidade financeira da obra;
2 - 80% de dinheiro público;
3 - Impactos descritos no painel de especialistas;
4 - Destinadas a indústrias eletrointensivas;
5 - Potência média 4.300 MW;
6 - Necessidade de usinas adicionais no Xingu.
Você viu mais algum?
Achei curiosa a fluência do Célio Bermann nesta entrevista. Neste debate, ele está bem mais contido: http://www.youtube.com/watch?v=SajNGpTgtxk
Pule o primeiro minuto.
Fora o conhecimento interno do Governo, faço do Bermann minhas palavras. ;)
ResponderExcluirAgora, vendo o video do YT, engraçado como colocam "o crescimento e fortalecimento do Brasil", que crescimento é esse, dele só pagamos a conta.
Esse Carlos Nascimento falando é de uma cara lavada incrível, o que ele está falando de Balbina?!?, foi atrocidade em Presidente Figueiredo. Pergunte aos waimiri atroari se ficaram felizes, agora ficam até entre muros ( como nós homens brancos ) em Manaus, pois foram remanejados.
Talvez se perguntar para alguns coitados lá, podem até dizer que a usina foi trouxe coisa boa, da mesma forma que chamavam o ACM de Paisinho.
Ele ainda diz que Belo monte é uma usina excelente pois nenhum dos acionistas esta insatisfeito com o retorno.. - Min. 24:00 ( o que dizer? )
E que vai melhorar a vida das pessoas de lá que são muito pobres. Tenso!
Ao final, a usina vai acabar saindo, custar o dobro e o processo segue como se nada ocorresse.
A ponte do Bilhão aqui foi o mesmo processo, o projeto começou com R$500 milões e ultrapassou R$1 Bilhão.
Não tinha visto esse video, vale ouro.
abraços
Desculpe, Segundo, eu tenho dificuldade de tentar resumir o pensamento do Bermann em pontos de partida para a discussão. São estes mesmos que eu listei ou tem mais algum?
ResponderExcluir1 - Falta de viabilidade financeira da obra;
2 - 80% de dinheiro público;
3 - Impactos descritos no painel de especialistas;
4 - Destinadas a indústrias eletrointensivas;
5 - Potência média 4.300 MW;
6 - Necessidade de usinas adicionais no Xingu.
Adjútor, a partir agora ao meu ver vamos discutir o sexo dos anjos, pois já levantamos dados suficientes que apontam que a usina além de desnecessária, está sendo projetada visando acumulação de recursos.
ResponderExcluirNão tem um objetivo legítimo.
Então não vejo para onde podemos andar mais na discussão.
A corrupção é um ponto contra muito grande, não consigo ignorar esse fato e analisar preto no branco com esse itens se a usina seria uma boa ou não, me entende?
Ainda temos as premissas sobre o impacto ambiental que estão sendo ignoradas e a socialização dos danos.
É como se você fizesse uma festa na minha casa, cobrasse ingresso até de mim e eu tivesse que limpar a bagunça depois.
Temos ainda o fato de funcionar apenas 4 meses por ano em toria com esse projeto inicial. Que segundo o Presidente Norte Energia será de 5 a 6 meses, partindo dele eu fico com os 4 meses do Célio, o que não faz a menor diferença.
abraço..
OK, Segundo agradeço sua contribuição.
ResponderExcluirDe minha parte, vou continuar pesquisando. Ainda não tenho convicção se Belo Monte vai ou não vai causar danos ambientais sérios.
E sobre corrupção, se se é contra qualquer iniciativa do governo porque ela existe, não podemos discutir nada.
Segue link sugerido por Barkom:
ResponderExcluir"Fiz esse texto em resposta a um vídeo de estudantes da UNICAMP, que tentam fazer parecer idiota todo mundo que tem dúvidas ou são contrários à obra (e eu sou muito radicalmente contrário a ela)."
http://ocium-magnum.blogspot.com/2011/11/belo-monte-nao-e-facil.html
Adjútor, em nenhum momento disse ser contra iniciativas do governo. Embora particularmente acredito que o governo estruturado como é, não é capaz de criar mais nada legítimo, apenas executa os super poderes que o próprio governo deu as grandes empresas.
ResponderExcluirMas ainda estamos em uma fase que todos são necessários para a transição de consciencia acontecer, então não descarto suas iniciativas com preconceito, analiso o presente.
Não tenho como mensurar a corrupção planejada nesse projeto como um dado como os demais.
Se você me disser para olharmos como engenheiros e não como seres humanos, deixarmos de lado o real interesse na construção, corrupção e analisarmos somente do ponto de vista técnico afim de chegar num veredito, ainda sim te digo que será prejudicial e que então essa discussão não tem valor, apenas comentários de um blog.
É como perguntar se o holocausto foi bom para o avanço da medicina. É dificil ignorar 6 milhões de assassinatos, mas pode-se dizer que sim.
Espero que tudo que foi escrito aqui possa servir para abrir os olhos das pessoas, pois tudo precisa ser levado em consideração para criamos uma opinião valida, concisa, uma mudança de consciência. Afinal apareceram alguns comentários aqui que provam que o governo é o menor dos nossos problemas.
Este post já evoluiu muito desde o início, acho uma pena voltarmos a superficialidade do post inicial onde falávamos de cigarros e ipads.
abraço
Olha, defendo Belo Monte. Espero que o MPF e a sociedade civil exija todas as condicionantes. E o resumão aqui tá muito bom. Mas peço, encarecidamente:
ResponderExcluirFAVOR RETIRAR A FOTO DO ÍNDIO BEBENDO COCA!
Abraços!
Segundo, sobre os Waimiri A?troari voc~e está completamente desinformado. Sobre Belo Monte também. Eu mesmo perguntei aos Waimiri Atroari e eles hoje são os ´jndios mais feliezes deste nosso Brasil. Eram 374 em 1988 e hoje somama 1.500. Tem a Terra Indígena demarcada e dela cuidam sozinhos. Inclusive da BR 374. Eram duas aldeias, hoje são 22. Eram ágrafos, hoje são bilíngues. Morriam em média 20% ao ano, hoje crescem 7% ao ano. Haviam perdido sua identidade cultural e agrária, hoje a resgataram e a mantém viva, com roças e criações altamente produtivas. São 100% vacinados contra odoenças imunipreveníveis. Eu estive lá, Você já saiu daí?
ResponderExcluirCearax,
ResponderExcluira foto é um exemplo do espaço que a imprensa brasileira dedicou a Belo Monte.
Foi tudo que a Folha de São Paulo publicou sobre um seminário na UNB sobre a questão indígena de Belo Monte.
Sobre os WAIMIRI ATROARI:
http://www.waimiriatroari.org.br/
http://instituto.antropos.com.br/v3/index.php?option=com_content&view=article&id=599:waimiri-atroari-perfil-sociocultural&catid=47:perfis-socioculturais&Itemid=62
Alexandre,
pesquisei rapidamente e, embora pareça que os índios estejam bem hoje, a UHE de Balbina não pode ser considerada um exemplo.
Esperemos que, com Belo Monte, a lição tenha sido aprendida e os impactos realmente venham a ser pequenos!
Alexandre, tudo ok?
ResponderExcluirnão sei como deixei me enganar tanto, num piscar de olhos percebi Belo monte realmente vai salvar o Brasil e os artesanatos dos waimiris estão ganhando o mundo, também tem o fato de que o aumento de população é sinonimo de sucesso. Mmm.
Lembre-se que não foram eles os responsáveis pela diminuíção da população.
Desculpe, mas é muita pretensão nossa, homens brancos, regulamentar e promover a salvação de povos que estão alguns anos luz a nossa frente.
Isto foi a tática mais conhecida de domínio de território. Nós que fomos lá, já viu algum índio querendo montar uma oca na cidade? Pois é.
Dizimaram quase todos e agora fazem carinho, assim os muitos novos vieram já aprendendo que nós somos amigos, e a cultura continua a mesma?. Nossos índios de estimação, muito bom.
Mas você deve saber muito mais que eu, esteve lá falando com eles, eu não.
Pobre Alexandre, não reconhecer a diferença de uma ajuda legítima de um amortecedor de conflitos. Você deve ser a favor de ONGs também, acertei?
Já foi difícil para eu também entender um dia, mas isso não é o que se aprende na faculdade.
Quanto a Belo Monte, se você leu tudo que escrevi nesse post sobre e me considera desinformado, significa que você está esperando outro tipo informações. Desculpe mais uma vez, mas só posso trazer informações verdadeiras sobre a obra e seus impactos, não sou alienado nem inocente de dizer aqui a obra vai ser importante para o País. Ela vai sim ser importante, mas com certeza não para nós, a não ser que você trabalhe a Norte Energia.
Caso não tenha lido, leia tudo, vale a pena, vai te ajudar.
Uma frase que cabe bem aqui..
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados loucos por aqueles que não podiam ouvir a música." (Nietzsche)
Uma pergunta.... já saí de onde?
Segundo,
ResponderExcluirnão tenho procuração nem acho que o Marcelo precisa de defesa mas ele não disse que você é mal informado, ele só disse que sobre os WAIMIRI ATROARI vc não estava bem informado.
Seria interessante que você explicasse melhor o que quis dizer no trecho:
"Pergunte aos waimiri atroari se ficaram felizes, agora ficam até entre muros ( como nós homens brancos ) em Manaus, pois foram remanejados."
Pelo pesquisa rasa que fiz na internet, eles não estão em Manaus não. Como você mora aí, sua informação é importante e agradeceria que você nos desse mais detalhes.
Só peço que você contenha sua ironia e uma ponto que notei em vários de seus comentários. Você parece se colocar em uma posição poder "ensinar" a nos. Cito:
"Por isso precisamos do maior número de pessoas acertivas que levem a informação da realidade para os demais até atingírmos esse ponto..."
"...já levantamos dados suficientes que apontam que a usina além de desnecessária, está sendo projetada visando acumulação de recursos."
"Pobre Alexandre, não reconhecer a diferença de uma ajuda legítima de um amortecedor de conflitos."
"Já foi difícil para eu também entender um dia, mas isso não é o que se aprende na faculdade."
"...só posso trazer informações verdadeiras sobre a obra e seus impactos, não sou alienado nem inocente de dizer aqui a obra vai ser importante para o País."
A Tolerância aqui será aceita para ouvir opiniões diversas mas sem qualificar a opinião oposta de, por exemplo, "inocente ou alienada".
Pelo que entendi, você é contra qualquer hidrelétrica na Amazônia pelo impacto, principalmente humano que isso trará, independente de questões técnicas associadas.
Muito bem é uma opinião baseada em um princípio. Se você quiser acrescentar impactos e fatos concretos para ilustrar este princípio, ótimo e seus comentario serão publicados na íntegra.
Entretanto, comentários que sigam qualificando opinões diversas não serão publicados.
Adjútor,
ResponderExcluirvamos lá, te respondo ponto a ponto com prazer, pois já disse que espero que cada palavra escrita aqui ajude no despertar para novas reflexões.
"Pergunte aos waimiri atroari se ficaram felizes, agora ficam até entre muros ( como nós homens brancos ) em Manaus, pois foram remanejados."
Fui infeliz no final da sentença, que deu a entender que estão em Manaus, em Manaus há uma assossiação da Waimiri, por que isso me incomoda? A floresta e a comunidade indigena precedem a cidade, essa presença dentro da cidade é o emblema de um encontro de duas civilizações ao qual uma delas não optou por isso. Como comentei acima, os Waimiri foram dizimados, tiveram sua cultura devastada e tempos depois foram ajudados pelo programa da Norte Energia. Embora as pessoas envolvidas na ponta do processo de ajuda sejam de muita boa índole, isso só apagou a ferida dos anciões e ao final como citei, "nossos indios de estimação". A ideia não é remoer o passado, mas deve-se ter bem claro o que foi feito e porque.
Nossa história não é linear, é ciclica, e sem cuidado, acontecerá novamente.
http://cspconlutas.org.br/2011/09/terrorismo-e-genocidio-contra-os-guarani-kaiowa-no-mato-grosso-do-sul/
"Só peço que você contenha sua ironia e uma ponto que notei em vários de seus comentários. Você parece se colocar em uma posição poder "ensinar" a nos. Cito:"
Abaixo ficará claro, a palavra não seria ensinar, mas sim despertar.
Não se pode ensinar alguém a reciclar o lixo e consumir menos se a mesma não se sentir responsável por fazê-lo. A ideia é acender a sentelha da consciência.
Sou dono pelas palavras escritas, mas a interpretação vai de cada repertório.
"Por isso precisamos do maior número de pessoas acertivas que levem a informação da realidade para os demais até atingírmos esse ponto..."
A melhor definição para uma pessoa acertiva é quem não se preocupa com algum onus que venha a ter por expressar sua opinião, mesma que não seja a dominante. Há um estudo muito interessante feito pela Sra. Elizabeth Noelle-Newman, chamado a Espiral do Silêncio. Vale dar uma olhada, isso explica muitos fenomenos da nossa sociedade.
Ainda na sequencia, apenas 2 entre cada 10 pessoas são acertivas, isso não é uma situação biológica, depende de como a pessoa foi criada, das experiencias que teve na infância. Porém este estado pode ser mudado.
As demais 8, seguem a opinião dominante devido ao fenomeno da espiral do silêncio.
A frase acima estava no contexto do "tipping point", que levando em consideração o número de pessoas acertivas no mundo e o número de pessoas que seguem as demais, assim se conclui que não precisamos despertar o mundo, e sim 20% dele para reverter essa situação. (consumo do mundo moderno x relação com a natureza). Com a internet as pessoas se tornam mais acertivas, pois não tem o tato, o olho no olho, por se tratar de uma realidade extendida. Já percebeu como tem gente que prefere mandar mensagens do que ligar para a outra para dizer algo?
Isso é muito importante levar em consideração, pois na sociedade o que importa é que você faz e não o que pensa.
continua...
...continuação
ResponderExcluir"...já levantamos dados suficientes que apontam que a usina além de desnecessária, está sendo projetada visando acumulação de recursos."
Ao meu ver ficou claro que a usina não está sendo feito por um risco iminente de apagão, ou para suprir a falta de energia em regiões que ainda não são abastecidas. Se os nossos amigos globais fizerem mais um video propondo uma revisão dos planos de exportação dos materias citados pelo Prof. Célio, e der resultado, a necessidade da usina cai ainda mais. Se nós gastamos tanta energia para produzir estes materiais - aço, alumínio primário, ferroligas e celulose - e vendemos a preço de banana, tem coisa errada ai, pois o preço é de banana mas é muito nas mãos de poucos.
A usina é mais um caça niquel, isso que quero dizer com acumulação de recursos.
"Pobre Alexandre, não reconhecer a diferença de uma ajuda legítima de um amortecedor de conflitos."
Não sou socialista formado, mas vejo que cada ONG é como aquela batidinha que mãe dava na válvula da panela de pressão para não ir pelo ares. No micro ajuda muito, mas no macro permite que as injustiças sociais continuem acontecendo, é um amortecedor, vamos acostumando os necessitados com um pouquinho de conforto, assim estão fora de protestos. Já viu por esta ótica?
"Já foi difícil para eu também entender um dia, mas isso não é o que se aprende na faculdade."
Porque já fui muito mais escravo do sistema do que sou hoje em dia, já pensei que o dinheiro fosse resolver meus anseios e acreditava que todos tinham que ter condições de ter um emprego e uma faculdade.
Esse é o caminho almejado do rato, escola, cursinho, faculdade, emprego, esperar ficar rico, desistir e se aposentar. Onde desde o início do processo a competitividade já é pregada é o coletivo impraticável.
Então dessa ajuda o que sobra? Migalhas aos pobres? Não isso não.
Porque ele nem sabem ainda que não querem e que não precisam disso.
Da mesma maneira que citei no outro comentário, as pessoas na ponta do processo, trabalhadores de ONGs, são muito, mas muito bem intencionadas, mas os cabeças sabem o quanto as migalhas agradam e sossegam os que mais precisam.
"...só posso trazer informações verdadeiras sobre a obra e seus impactos, não sou alienado nem inocente de dizer aqui a obra vai ser importante para o País."
Aqui você se prendeu as palavras e não a ideia, se deixasse de fora os maus usos da palavra alienado, não teria achado uma ofensa.
"Eu não sou aliendado, não tenho estranheza total do assunto Belo Monte."
O mesmo equívoco ocorre sempre com a palavra "ignorante". "Não sou um ignorante no assunto Belo Monte, mas sou ignorante no assunto Volei de Praia" - Ignorante já virou até sinônimo de violento.
Então pode-se assumir que toda e qualquer pessoa que tenha dito que a obra será importante para o País, considero alienada e inocente.
Não foi nem o caso do Alexandre.
Espero que não tenha ficado pré-disposto a encarar meus comentários de maneira ofensiva ou ironica.
Sou uma pessoa muito ligada a natureza e seus valores, nada feito e criado pelo homem pode ter mais valor do que a própria natureza ao qual fazemos parte, mas esquecemos.
Estes são meus princípios, respeitar o que já estava aqui no planeta antes da minha vinda, isso é básico, passar por aqui sem deixar pegadas, se precisar mudar algo, arrume. Mas quem sabe arrumar coisas como buracos na camada de ozonio? ou alteração nos fluxos de chuva? Te garanto que isso nenhum dos nossos governantes.
TEDxAmazônia - Antonio Donato - Há um rio sobre nós
http://www.youtube.com/watch?v=HYcY5erxTYs
Como já disse, acho que essa discussão ficou valiosa e possui muitos dados importantes para que outros leiam e tirem suas conclusões.
um abraço
Caros, alguns dados complementares: em Manaus existe sim um núcleo do programa Waimiri Atroari, para onde são levados índios doentes graves, que não podem ser tratados nos postos de saúde existentes em cada aldeia. Também tem escolas em todas as aldeias. Os Waimiri Atroari vivem em suas terras demarcadas e protegidas e o crescimento populacional é sim um dado relevante em se tratando de comunidades indígenas em vias de extinção. Não pertenço a nenhuma ONG, mas tenho orgulho de trabalhar na Eletronorte, algum problema? Empresa pública, dados públicos e transparentes. Empresa formada por profissinais competentes, alguma dúvida? Leiam reportagem de minha autoria sobre os dois dias que passei com essa comunidade indígena (http://www.eletronorte.gov.br/opencms/export/sites/eletronorte/modulos/correnteContinua/arquivosCC/Corrente_Continua_235_internet.pdf). Segundo e Adjutor, venham conhecer esse programa e o seu idealizador, o indigenista José Porfírio Carvalho, um herói brasileiro que completa 80 anos semana que vem em meio a outros índios merecedores de suas ideias, os Parakanã. Vamos manter o nível do debate como propõe este site, com base em fatos e dados. E, como profundo conhecedor do setor elétrico, sou a favor sim das hidrelétricas em nossos rios, a água, essa dádiva quye Deus ao Brasil.Em tempo: o Programa Waimiri Atroari é realizado há 24 anos pela Eletronorte e Funai e não pela Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte. Obrigado.
ResponderExcluirAlexandre, só gostaria de fazer a ressalva que este programa foi desenvolvido após o desastre de Balbina. Foi uma ação corretiva. Esperemos que nas próximas obras, sejamos capazes de prever e minorar os impactos antes da execução da obra.
ResponderExcluirAbs e, caso vá viajar à Região Norte, terei prazer em fazer esta visita.
Caro Adjtor, sem dúvida, foi uma ação corretiva e um dos mauitos paradigmas quebrados por Balbina numa época onde não existia legislação ambiental, nem Ibama, nem ONGs nem nada. Não discutamos Balbina - responsável hoje por apenas 18% do atendimento a Manaus, capial onde vivem mais de dois milhões de habitantes, com um distrito industrial e uma zona franca sem igual no País, tudo movido a termelétricas à base de petróleo, situação que mudará ano que vem com a entrada em operação de linha Tucuruí-Macapá-Manaus, interligando dois sistemas isolados ao sistema interligado nacional. Porém, o conhecimento adquirido na época está servindo hoje para salvar índios, peixes-boi e tartarugas da amazônia. Isto, conhecimento, vale muito a pena. Abraço,
ResponderExcluirA questão dos personagens (fumantes, usando o 'iTudo')do vídeo, nada mais é do que eles retraterem pessoas do nosso cotidiano... Na verdade acho que voce não fez uma analise completa do vídeo, acho que voce só viu o cigarro e já partiu para defender a Belo Monte..
ResponderExcluirSobre os impostos, não é sobre o BNDES que estão falando .. e sim sobre os impostos que o governo coloca nos produtos adquiridos pela população e que vao para o governo.
Laura,
ResponderExcluirobrigado por sua participação.
Talvez minha análise do vídeo tenha sido incompleta. Publicarei com satisfação uma sua que complemente ou conteste a minha.
Sobre os 80% de impostos também gostaria que você apresentasse dados e fontes que justifiquem sua afirmação que se trata da taxação sobre os bens de consumo.
Até onde eu saiba, a carga tributária brasileira varia entre 35 e 38%.
E lembre-se que grande parte dos impostos sobre mercadorias e serviços são estaduais (ICMS), que não serão aplicados em Belo Monte.
Parabéns pelo trabalho. Finalmente uma cobertura referência para o tema. Estive lá duas vezes este ano e é muito complicado formar opiniões sobre certo e errado. Os dados e fontes apresentadas no seu texto comprovam que é preciso estudar mais antes de levantar qualquer bandeira. Obrigado.
ResponderExcluirUm levantamento feito pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ) aponta que erguer parques eólicos com potência equivalente à hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), que está sendo construída no rio Xingu, Pará, custaria entre R$47,8 bilhões e R$83,6 bilhões. Ainda de acordo com o estudo, a alternativa de uso de energia solar exigiria investimentos de algo entre R$355 bilhões e R$507 bilhões. A megausina do Xingu está orçada em R$25 bilhões. Para os especialistas do Gesel, utilizar essas fontes renováveis ao invés de construir a megausina implicaria em “perda de competitividade da economia brasileira, em função do diferencial de custos dessas fontes em relação à hidroeletricidade” e em “problemas de garantia e segurança do suprimento em função da sazonalidade e intermitência” dessas formas de geração. O estudo aponta “menor densidade energética” e “imaturidade tecnológica” dessas fontes. Assim, para substituir Belo Monte à altura, “seria obrigatória” a construção de termelétricas. Nesse sentido, o grupo compara os custos de mitigação de impactos sócio ambientais. Em Belo Monte, serão R$3,3 bilhões destinados a esse fim. No caso de térmicas a gás natural – as menos poluentes – a estimativa é de que o impacto ambiental custaria R$24,1 bilhões, quase oito vezes mais. “Foi possível constatar que políticas de eficiência energética e investimentos em fontes alternativas de energia são incapazes de atender por si só o crescimento da demanda por energia elétrica”, conclui o Gesel. O estudo é assinado pelo coordenador do grupo, Nivalde José de Castro, e os pesquisadores André Luís da Silva Leite e Guilherme Dantas. Números Para chegar às conclusões apresentadas, o Gesel mostra os números utilizados como referência. Para os parques eólicos, foi calculada uma tarifa média de R$148 por MWh e um fator de capacidade médio de 30%. Nos últimos leilões, porém, a fonte chegou a uma tarifa de R$100 por MWh e as usinas prometeram índices de eficiência acima dos 50%. Na geração solar, os especialistas utilizaram como referencial um custo de R$500 por MWh. A tarifa de Belo Monte para o consumidor regulado será de R$78 por MWh. Leia também: Mentiras sinceras interessam (Opinião)
ResponderExcluirMurillo Aragão
Brasil Econômico
Parei de ler onde diz que 38% do potencial hidrográfico da bacia do amazonas pode ser utilizado sem causar qualquer impacto ambiental..
ResponderExcluirIsso ofende a minha inteligência.
Obrigado pela contribuição Brinks. Alterei o texto para de "...pode ser utilizado..."
ResponderExcluirpara
"...pode, segundo Plano Nacional Energético 2030 da Empresa Pesquisa Energética, ser utilizado..."
Fico assustado com a ideia que permeia todo o texto que: "obras públicas sempre desapropriam e são necessárias"
ResponderExcluirE ainda cita a transcarioca, e o caso de Roraima para DEVOLVER as terras que já eram deles.
Vamos por parte:
Não, NÃO É CERTO desapropriar SEM A AUTORIZAÇÃO daqueles que serão diretamente impactados. A voz final deverá ser SEMPRE deles, e portanto, o planejamento TEM QUE CONTAR COM AS OPINIÕES DELES (dos que serão afetados diretamente).
Portanto, deve-se haver sim uma negociação, tanto na desapropriação, e caso não haja como haver a desapropriação, no planejamento das obras.
Por exemplo: A transcarioca deveria ser feita primeiro dialogando com as comunidades afetadas onde procurasse ofertar um outro lar aonde eles pudessem escolher. Caso eles ainda almejem viver onde trabalharam e lutaram para construir, faça necessário então planejar uma avenida que não afete as suas construções, como por exemplo construir uma estrada subterrânea que passe por baixo, ou então construir as casas em harmonia com a estrada, as casas formando como um túnel...
Segundo lugar, é plausível sim que as pessoas que vivem na cultura e que se beneficiaram do investimento deverão arcar com as consequências. Logo é ilógico aquelas populações de outras culturas das quais não se utilizam de energia ou de produtos provenientes do processamento energético arcarem com os problemas de nossa necessidade. Seria melhor construir uma Usinas em terras particulares de grandes agricultores.
Citar o exemplo de terras indígenas que pra isso fora feito a desapropriação foi de uma infelicidade. O que houve foi uma REAPROPRIAÇÃO do povo que lá se apropriava ANTES daquelas pessoas que foram retiradas para a construção das terras indígenas.
Ou seja, o Texto parte da premissa que pelo Bem de todos (todos quem cara pálida?) é correto o Estado interferir na vida alheia. Isso não deixa de ser uma forma de fascismo. Porque, o que é o bem da maioria? o Bem da maioria deveria ser o bem PRINCIPALMENTE daqueles que irão ser diretamente afetados.
Achar que uma maioria tem o direito de agir sobre a vida de uma minoria é assustador. Pois a vida passa a ser apenas objeto de decisão de uma maioria? ou do Estado? isso tem um nome... e não é democracia.
Outro problema que o texto apresenta e ignora, com as tantas hidrelétricas não haverá destruição na Amazônia, e que levará o desenvolvimento sustentável e a melhor ação do Estado na região.
É esse o problema, a Amazônia em si não precisa de estradas, eletricidade, carros, escolas, postos de saúde.
Quem precisa disso tudo são as cidades, não a Amazônia em si, não os povos de outras culturas que vivem através de outras formas de processamento e elementos.
Nós temos que parar de querer achar que bem estar tem haver com ruas asfaltadas, água encanada, escolas, comércio desenvolvido,... esse modelo é ideal para a nossa sociedade, nossa cultura, nossas cidades. Dar todo esse aparato para os povos que vivem, produzem, e necessitam de outras coisas, não é melhorar a vida deles, é altera-las. E levar todo esse aparato para a Amazônia não é melhorar a Amazônia, é degrada-la.
Fiz essa crítica mais para alertar quanto a perspectiva que nossa cultura tem e quanto aos erros morais que carregamos.
De fato o País deve arranjar um jeito de conseguir alcançar a Amazônia para fiscalização a fim de preserva-la, de dar sustentabilidade para as cidades e povos que vivem do nosso modo de produção (cidades e latifúndios) de forma integrada com a Amazônia (e, portanto, bem planejada), e dar o suporte necessário para que as culturas distintas das nossas que vivem na Amazônia possam continuar sendo donas de seus próprios destinos, tradições, e escolhas. E caso queiram, darmos a possibilidade de ingresso dessas culturas na nossa.
Mas acima de tudo tal medida irá de fato eliminar o assédio estrangeiro à amazônia, fortalecendo mais a soberania brasileira.
Não sou de todo contra Belo Monte, sou contra a forma que está sendo empurrado e planejado.